Eleições 2018

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Adversários no segundo turno das eleições para o governo do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC) e Eduardo Paes (DEM) vão precisar captar mais recursos na reta final da campanha para arcar com os gastos restantes em propaganda e logística até o próximo dia 28, quando acontece o 2º turno das eleições.

Dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) mostram que, até as 17h desta quarta-feira (17), Paes havia captado R$ 6.302.700,00, enquanto já havia gasto R$ 11.762.071,31 --ou seja, acumulava dívida de quase R$ 5,5 milhões. O teto de gastos da campanha estipulado pelo TSE é de R$ 14 milhões.

Já Witzel havia arrecadado R$ 2.161.769,18 e gasto R$ 2.139.923,20, sobrando pouco mais de R$ 22 mil, segundo o TSE.

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Por meio de sua assessoria de imprensa, Witzel informou que não tem previsão de novos aportes em dinheiro vindos da direção nacional do PSC até o fim da campanha --com R$ 1,825 milhão, o partido arcou com 85% do custo total da campanha. As futuras doações, portanto, viriam de pessoas físicas dispostas a colaborar com a candidatura, segundo informou a equipe de Witzel.

Witzel é o principal doador individual da própria candidatura, com repasses que totalizam R$ 222.051. O valor corresponde a mais de 50% do patrimônio declarado pelo candidato, que informou ter apenas um imóvel, avaliado em R$ 400 mil na zona norte do Rio.

Paes, por sua vez, disse ao UOL não ter envolvimento com o controle de dívidas e arrecadações de sua campanha. "A direção nacional do Democratas tem dado todo o respaldo necessário, feito esse controle. Esse tipo de questão é administrada pelo presidente nacional do partido, ACM Neto. Mas, é claro, aceito doações individuais", disse.

O DEM não respondeu aos questionamentos da reportagem quanto a possíveis futuros repasses para a campanha de Paes. No total, o diretório do partido transferiu R$ 4,578 milhões para o ex-prefeito carioca, o que equivale a 72,6% de todo o dinheiro da campanha.

Entre os doadores individuais da candidatura de Paes estão empresários como Oskar Metsavaht, dono da Osklen, e Elie Horn, fundador do grupo Cyrella. Como o UOL mostrou em reportagem do último dia 5, somados, empresários doaram R$ 581 mil para a campanha do democrata. Alguns dos doadores receberam isenções fiscais do governo fluminense.