Justiça Eleitoral determina suspensão de propaganda de França na PM

Guilherme Mazieiro e Luís Adorno

Do UOL, em São Paulo

  • Divulgação/Facebook

    Márcio França (PSB) posou com fuzil durante propaganda eleitoral

    Márcio França (PSB) posou com fuzil durante propaganda eleitoral

Decisão liminar da Justiça Eleitoral de São Paulo determinou a suspensão da veiculação de um vídeo produzido pela coligação do candidato do PSB ao governo de São Paulo, Márcio França, em que ele fala sobre segurança pública dentro do Copom (Centro de Operações da Polícia Militar).

A decisão foi assinada por Paulo Sergio Brant de Carvalho Galizia, juiz auxiliar da propaganda nesta quarta-feira (17). Na sentença, o magistrado afirmou entender que, ao gravar dentro da sede da corporação, França utilizou a máquina pública para sua candidatura.

A liminar ocorreu após representação eleitoral ajuizada pela campanha do candidato do PSDB ao governo, João Doria. A coligação tucana argumentou que, ao utilizar as estruturas do estado, o pleito eleitoral passara a ficar desequilibrado.

No vídeo em questão, França aparece no Copom acompanhando atividades de monitoramento da cidade, falando sobre a necessidade de investimentos na segurança e conversando com policiais.

"Vê-se, pelo menos a priori, que a condição do atual governador do estado de São Paulo foi o que proporcionou o acesso a tais ambientes com equipes de filmagem, com intuito de, ao que parece, beneficiar a sua candidatura ao pleito eleitoral", escreveu o magistrado.

Durante a propaganda, França chega a posar com um fuzil para retratar que o armamento já pode ser utilizado por policiais durante o patrulhamento preventivo no estado. Ao posar com o fuzil, o governador chegou a ser criticado por especialistas, que apontaram que a "polícia não pode ser política".

A Justiça Eleitoral também puniu Doria nesta quinta-feira (18) por anúncios que faziam associação de França, conforme informou o jornal Folha de S.Paulo. Segundo a decisão, do juiz Paulo Sergio Galizia, a campanha de Doria perdeu o direito de veicular 14 inserções de 30 segundos na TV.

Doria veiculou propagandas dizendo que quer defender o estado de São Paulo "da esquerda, que apoia o Márcio França e que é o maior símbolo da corrupção no Brasil". Para Galizia, a alegação "perde relevância na propaganda televisiva, na qual o telespectador não se atém ao texto escrito que embasa a narrativa, mas preponderantemente ao que é sonorizado".

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