Contra fila, Justiça Eleitoral amplia nº de pessoas trabalhando no 2º turno

Felipe Amorim

Do UOL, em São Paulo

  • Reuters/Sergio Moraes

    Eleitores fazem filas no primeiro turno à espera da abertura dos locais de votação

    Eleitores fazem filas no primeiro turno à espera da abertura dos locais de votação

A Justiça Eleitoral vai aumentar o número de pessoas trabalhando no dia de votação do segundo turno das eleições, que será realizado neste domingo (28).

A medida foi definida como forma de amenizar as filas registradas em locais de votação de todo o país durante o primeiro turno, no último dia 7, segundo afirmou o desembargador Márcio Vidal, presidente do TRE-MT (Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso) e presidente do Colégio de Presidentes dos Tribunais Regionais Eleitorais.

Os presidentes dos TREs se reuniram nesta segunda-feira (22) com a presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministra Rosa Weber, na sede do tribunal, em Brasília.

Segundo Vidal, a ocorrência de filas não pode ser atribuída apenas ao procedimento de identificação do eleitor por biometria na hora da votação, mas também à decisão da Justiça Eleitoral de reunir em uma única seção eleitoral eleitores antes distribuídos em mais de um local de votação.

"Nós estamos nas vésperas do segundo turno, então situações que ocorreram no primeiro turno nós estamos reunidos para dialogar e corrigir alguns equívocos", disse. "Estamos colocando mais servidores da Justiça Eleitoral e voluntários para auxiliar os trabalhos", afirmou Vidal.

A reunião também tratou das acusações de supostas fraudes e mau funcionamento nas urnas eletrônicas feitas por eleitores nas redes sociais.

TSE divulga carta aos brasileiros contra fake news sobre urnas

O TSE também divulgou, em conjunto com o Colégio de Presidentes dos Tribunais Regionais Eleitorais, um comunicado público com o objetivo de reafirmar a segurança das urnas eletrônicas e orientar eleitores que eventualmente acreditem ter encontrado algum problema no seu local de votação. No segundo turno, o TSE orienta os eleitores a reportar qualquer tipo de queixa sobre o funcionamento das urnas diretamente aos mesários.

Nós não esperávamos que fossemos nós vítimas de fake news, quando se colocou em dúvida a lisura da urna eletrônica

Márcio Vidal, presidente do TRE-MT

"Isso foi de certa forma positivo porque é um instrumento tecnológico que já está há mais de 22 anos em atividade, não se tem notícia de qualquer tipo de irregularidade, e esse momento propiciou à Justiça Eleitoral demonstrar que ela [a urna] é confiável", afirmou o desembargador.

O documento afirma que a Justiça Eleitoral "vêm a público para reafirmar a total integridade e confiabilidade das urnas eletrônicas e do modelo brasileiro de votação e apuração das eleições".

O texto, intitulado como "Carta à nação brasileira", afirma ainda que a votação eletrônica pode ser auditada em caso de suspeitas de irregularidades e que diversas barreiras, físicas e tecnológicas, garantem a segurança da votação.

"A urna eletrônica brasileira é totalmente segura. Ela conta com oito barreiras físicas e mais de trinta barreiras digitais que inviabilizam ataques de hackers e invasão cibernética do voto, mesmo porque em nenhum momento a urna eletrônica é conectada à rede mundial de computadores (internet), diz o texto.

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