Doria cobra ação do TSE e pede mudanças na lei após suposto vídeo íntimo

Janaina Garcia

Do UOL, em São Paulo

O candidato ao governo de São Paulo pelo PSDB, João Doria, defendeu nesta terça-feira (23) em debate promovido pelo UOL, pelo SBT e pela Folha de S.Paulo, que a legislação brasileira atue de maneira mais incisiva no combate a notícias falsas durante campanhas eleitorais.

Doria havia sido questionado sobre um vídeo íntimo que viralizou nesta terça, no WhatsApp e em outras redes sociais, em que ele supostamente participaria de uma orgia com ao menos cinco mulheres. O tucano negou a participação no vídeo, voltou a repetir que acionará a Justiça no caso e cobrou medidas do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) no combate a notícias falsas.

O tucano defendeu que já para as eleições municipais de 2020 a legislação seja mais dura com casos como o que envolveu o nome dele.

Acho que a legislação para as próximas eleições tem que mudar. Não é possível e razoável que isso continue nesse nível – prejudica a vida e o nome dos candidatos", destacou. "O TSE [Tribunal Superior Eleitoral] deve ter uma ação muito rigorosa para impedir a proliferação de fake news", apontou.

Doria criticou "o nível que atingiu" a proligeração da suposta fake news, "a ponto de agredir a minha família, agredir a mim pessoalmente, com situações de modificação de imagens".

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Doria voltou a repetir as críticas que fez em vídeo divulgado antes do debate sobre o tema. "É um absurdo o nível que isso atingiu, ao ponto de agredir a minha família, com as situações de modificações de imagens", disse, destacando estar tomando "medidas judiciais no plano criminal" sobre o assunto. "Fiquei muito impactado com notícia desse tipo; não imaginava que podia chegar a esse nível".

O ex-prefeito de São Paulo afirmou ter recebido "centenas de mensagens de solidariedade" por conta do vídeo. "O feitiço virou contra o feiticeiro, por isso, temos que mudar", declarou, sobre as supostas manifestações terem gerado, na realidade, apoio ao nome dele.

"Temos que trabalhar em cima de propostas", enfatizou o tucano, depois de pedir, já desde o início do debate, um "tom altivo, propositivo", ao adversário --em contraste com o tom bélico adotado por ambos, semana passada, nos debates da Band e da Record. Nessas ocasiões, por exemplo, o ex-prefeito chegou a divulgar, em mais de uma ocasião, um site de sua campanha destinado exclusivamente a apresentar uma espécie de "dossiê" contra França.

Presente ao debate, a mulher de Doria criticou os vídeos divulgados hoje nas redes sociais e negou que o marido protagonizasse as cenas neles contidas. "Ah, é mentira. Eu conheço o corpo do meu marido, né?", declarou, após o debate.

Tucano divulga vídeo com a mulher

Horas depois de o vídeo íntimo circular nas redes sociais, o ex-prefeito divulgou uma gravação ao lado da mulher, a artista plástica Bia Doria, negando que fosse a pessoa que aparecia no vídeo. Doria afirmou que o material é uma "produção grotesca" para atacá-lo na campanha e enfatizou ser casado "há 26 anos" com Bia.

"Hoje eu vi um vídeo vergonhoso nas redes sociais, que foi produzido por alguém que só quer o meu mal e o mal da minha família. Uma produção grotesca. Fake news. Pedi a um perito criminal que verificasse essas imagens. Pedi também medidas judiciais e criminais contra os autores desse vídeo. Lamento muito que a campanha em São Paulo tenha chegado a esse nível de ferir a nossa família", disse Doria.

Conforme o tucano, ele estaria sendo atacado por sua posição nas pesquisas de intenção de voto. "Não imaginei que, pelo fato de estarmos liderando a campanha, o vale tudo começasse principalmente nesse nível nos últimos dias."

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