Eleições 2018

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Nos últimos dias de campanha para definir quem será o governador de São Paulo, a equipe de João Doria (PSDB) tentará minimizar a repercussão do suposto vídeo íntimo do candidato e quer reforçar a apresentação de propostas em grandes cidades do interior e da capital. Já Márcio França (PSB) contará com a ajuda de Paulo Skaf (MDB) para exaltar o apoio emedebista e tentar puxar votos indecisos.

Nesta quarta-feira, João Doria tem agenda em São Paulo, Sorocaba e Ribeirão Preto. Deputados que fazem a campanha do PSDB disseram que o foco é manter a linha adotada nos últimos dias e levar as propostas da chapa para grandes cidades do interior, como Ribeirão Preto e Sorocaba. No interior, Doria lidera nas intenções de voto e na capital, vence França.

Márcio França também tem compromissos na capital nesta quarta, em Carapicuíba e em São Carlos. Até o final da semana ele passará ainda por Campinas, Ribeirão Preto e Sorocaba.

Nas cidades em que as duas campanhas buscam votos, o resultado do primeiro turno foi o seguinte: em Ribeirão Preto, Doria ficou em primeiro seguido por França e Skaf. Já em Campinas e Sorocaba, Doria lidera e o segundo lugar ficou com o emedebista, com o atual governador sendo o terceiro mais votado.

França intensifica agenda com Skaf e se aproxima de PSL

A campanha de França identificou uma dificuldade com os paulistas: ainda não foi possível atrair maciçamente o eleitorado de Paulo Skaf (MDB). O apoio do terceiro colocado na disputa foi cogitado pela equipe de Doria, mas ele fechou aliança com o socialista no segundo turno.

Além disso, o atual governador enfrenta resistência de prefeitos aliados no interior que insistem para que ele declare voto em Jair Bolsonaro (PSL). O entendimento da campanha é de que a imagem do presidenciável tem peso no interior, terreno em que Doria – que faz campanha para Bolsonaro – lidera nas intenções de voto.

A equipe reluta em apoiar Bolsonaro para evitar uma contradição, já que desde o primeiro turno a sigla se mantém neutra no cenário nacional. Nesta quarta-feira (24), um evento com deputados do PSL deu mais uma demonstração de apoio dos bolsonaristas à candidatura de França. O movimento foi orquestrado pelo senador eleito Major Olímpio (PSL), braço direito do candidato no Estado.

Uma outra alternativa para esse impasse é explorar a imagem de Skaf junto à campanha.

"Ainda tem muita gente que não se deu conta de que o Skaf está nos apoiando. Precisamos mostrar que estamos juntos e temos ideias em comum. Vamos focar em grandes cidades como Ribeirão Preto, Campinas e Sorocaba", disse ao UOL, Jonas Donizette (PSB), coordenador da campanha de França.

Nesta semana, ele se distanciou da Fiesp e dará entrevistas em rádios do interior, declarando apoio a França e mostrando pontos em comum entre os dois, como as pautas pela educação.

Suposto vídeo íntimo e debate

Um dos marqueteiros da campanha tucana acredita que o debate na noite desta terça, promovido por UOL, Folha e SBT, foi bom para mostrar as propostas.

No debate e na manhã desta quarta (24), Doria cobrou medidas do TSE para apurar o caso e declarou que vai fazer um boletim de ocorrência contra a veiculação de um suposto vídeo íntimo. "Tem o depoimento dele [Doria] em rede social e isto já é página virada", disse Daniel Braga ao UOL sobre o suposto vídeo.

A equipe de advogados do tucano planeja solicitar uma perícia e entrar com representações criminais contra a veiculação do conteúdo. 

Membros da campanha tucana não sabem avaliar se o vídeo vai ter um peso negativo ou positivo para Doria e acreditam que essa recepção da população vai determinar o resultado da eleição. Na tarde desta terça, quando o material viralizou, a primeira preocupação da campanha foi com a família do candidato e em seguida a preparação para o debate.

GOVERNO DE SP: VEJA ÍNTEGRA DO 2º BLOCO DO DEBATE UOL/FOLHA/SBT