Doria acusa França de campanha "mais suja"; rival vê tucano "sem limites"

Guilherme Mazieiro, Janaina Garcia e Maurício Dehò

Do UOL, em São Paulo

  • Fábio Vieira/Estadão Conteúdo

Empatados tecnicamente nas últimas pesquisas antes do segundo turno para o governo de São Paulo, os candidatos João Doria (PSDB) e Márcio França (PSB) voltaram a trocar ataques após encerrarem os seus últimos atos de campanha neste sábado. O tucano acusou o rival de comandar ataques a ele durante a campanha, enquanto o pessebista afirmou que a acusação é típico de uma pessoa "sem limites".

Durante uma transmissão ao vivo por redes sociais no último dia em que é permitida, Doria criticou o tom da campanha no segundo turno. "É uma tristeza como meus adversários, comandados por Marcio França, tiveram uma conduta muito, muito, muito ruim. Fake news direto, as piores coisas foram colocadas na internet, vídeos, fotos, áudios, imagens, deturpações, mentiras", disparou.

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Para ele, a forma como terminou a disputa em São Paulo foi lamentável. "Essa foi a campanha mais suja, repugnante que se tem notícia na história, feita aqui em São Paulo. Uma tristeza fazer campanha desse jeito, não imaginei que pudesse chegar nessa baixeza", avaliou. 

O tucano também fez novos ataques ao vereador cassado Camilo Cristófaro (PSB). No debate da TV Globo, nesta quinta-feira (25), Doria atribuiu ao vereador a divulgação de fake news sobre o tucano. "Você é uma vergonha Camilo Cristófaro. Não queria estar me dirigindo a você, mas tenho que acionar. Você é uma vergonha, é um pústula, é o pior ser humano que existe, que se esconde, é mentiroso e que apoia um outro mentiroso, que é o Márcio França".

Procurado pelo UOL, a campanha de Márcio França rebateu às acusações e respondeu que quem sujou a campanha foi Doria. "Paulo Skaf me ligou para falar sobre isso -- é a comprovação de que ele fez todos os artifícios possíveis para denegrir os outros e esqueceu de falar das coisas que ele poderia falar dele", disse o ex-prefeito de São Vicente.

O pessebista disse que Doria é uma pessoa bem-sucedida na área privada, mas não soube lidar com os oponentes que teve nesta eleição. "Lamento, vi a mágoa do Paulo quando ele [Doria] tocou na família, como fez com a minha família. Ele falou da minha doença. Ele não tem limite. Tem outras qualidades. Quando você vai para a vida pública, você está mexendo com a vida das pessoas, tem que ter limites. Abomino qualquer coisa que seja pessoal", rebateu França.

Neste sábado, as pesquisas Ibope e Datafolha apontaram empate técnico entre os dois candidatos. O Ibope coloca os dois com 50% cada dos votos válidos, enquanto o Datafolha mostra França com 51% e Doria com 49%, mostrando empate técnico, já que a margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

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