Bolsonaro e aliados de Lula trocam acusações durante atos em Curitiba

Valmar Hupsel Filho, Luana Souza e Ricardo Galhardo

Em Curitiba

  • Marlene Bergamo/Folhapress

    Lula discursa na praça Santos Andrade, em Curitiba, no encerramento de sua caravana pelo Sul

    Lula discursa na praça Santos Andrade, em Curitiba, no encerramento de sua caravana pelo Sul

O encerramento da caravana organizada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por estados da região Sul do país, na noite desta quarta-feira (28), em Curitiba, foi marcado por troca de acusações entre o deputado e presidenciável Jair Bolsonaro (PSL-RJ) e aliados do petista, que também se coloca na disputa ao Palácio do Planalto em outubro.

Bolsonaro atribuiu os tiros que atingiram a caravana de Lula anteontem, no interior do Paraná, aos próprios petistas. Em reação, o ex-presidente, os pré-candidatos do PSOL, Guilherme Boulos, e do PCdoB, Manuela D'Ávila, além do ex-prefeito Fernando Haddad, falaram em "fascismo" e discursaram contra o que chamaram de escalada de violência no processo eleitoral.

Acusado por petistas por incentivar os ataques, Bolsonaro negou qualquer responsabilidade e sugeriu que os tiros, na verdade, teriam sido disparados por integrantes da própria comitiva. "Está na cara que alguém deles deu os tiros. A perícia deverá ficar pronta entre hoje (ontem) e amanhã (hoje) e vai apontar a verdade", disse o deputado no início da noite de ontem em Ponta Grossa.

"Estão mais para fascistas e nazistas do que para democratas", afirmou Lula ao comentar os protestos enfrentados pela comitiva petista no Sul - como na passagem por Bagé (RS), onde o grupo foi atacado por pedras. "Alguns (manifestantes) eu não sei quem são. Não vou avisar se é do (Sérgio) Moro, do MBL, usineiros, arrozeiros, porque não sei quem são", declarou o ex-presidente.

Enquanto ele discursava, manifestantes contrários ao petista batiam panelas nos prédios em volta do palanque.

O presidente do PSOL, Juliano Medeiros, afirmou que o ato de ontem marcou o compromisso da esquerda com sua unidade e defesa da democracia. Em quase dez dias de trajeto pelo Sul, a comitiva de Lula enfrentou diversas manifestações - estradas foram fechadas e carros da caravana, atingidos por pedras e ovos.

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