Alckmin diz que não abriu conversas com MDB porque partido tem candidato
Marcelo Osakabe
Em São Paulo
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Anderson Rodrigues/Fecomercio/Divulgação
O pré-candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, reiterou nesta terça-feira (19) que não conversa com o MDB sobre uma aliança no plano nacional neste momento, uma vez que o partido tem candidatura própria, a do ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles. O tucano também minimizou a dificuldade em fechar alianças e lembrou que nenhum outro pré-candidato fez as parcerias ainda.
"Nós já temos aliança encaminhada com quatro partidos. Agora, com o MDB não tem conversa porque tem eles têm candidato", afirmou o ex-governador de São Paulo, que concedeu entrevista pela manhã à rádio Jovem Pan.
"O fato é que, por causa das mudanças eleitorais, as decisões de aliança e de vice, que eram sempre em junho, agora serão no fim de julho ou no início de agosto", resumiu o ex-governador.
Alckmin evitou comentar sobre se a baixíssima popularidade do presidente Michel Temer não seria "tóxica" para a sua campanha, mas ressaltou a importância de estabelecer pontes e canais de diálogo e elogiou o trabalho que o ex-governador de Goiás Marconi Perillo e o ex-presidente Fernando Henrique Cardosos têm feito em nome de sua campanha.
O ex-governador também procurou desfazer a polêmica criada após ter chamado o emedebista de ilegítimo, dizendo que foi mal entendido. "Eu já fui governador com e sem voto, é diferente. Presidente Temer não teve voto, então tem muito mais dificuldade, para passar reformas constitucionais. O Itamar (Franco) também não fez nenhuma emenda constitucional", exemplificou.
Pesquisas
Com índices de intenção de voto oscilando na entre 6% e 8%, Alckmin manteve o discurso de que as pesquisas eleitorais, neste momento da pré-campanha, ainda não traduzem o sentimento da população e deu como exemplo a eleição em Tocantins, onde os dois primeiros colocados nas pesquisas não chegaram ao segundo turno no mês passado.
Ele também negou que o fracasso em costurar um palanque único em São Paulo tenha contribuído para seu mal desempenho nas enquetes. "FHC teve dois candidatos apoiando ele (1994)", lembrou.
Privatizações
Na entrevista, o tucano falou ainda sobre seu plano de privatização, caso seja eleito. Ele garantiu que não vai privatizar o Banco do Brasil e a Petrobras. Com relação à estatal petrolífera, defendeu apenas a quebra do monopólio do refino. Disse, porém, que pretende estudar a privatização da Caixa e dos Correios, dentre outras.
"Não vamos resolver os problemas do País à base da bala", afirmou, criticando o adversário Jair Bolsonaro (PSL). Apesar da crítica, disse que não tem adversários neste pleito e que sua campanha é a favor do povo brasileiro. "O País está muito dividido, há muito ódio, o próximo governo não será fácil, temos de ter convencimento e muito diálogo, trazendo o povo junto da classe política", finalizou.
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