Possível vice de Alckmin, Josué Gomes diz que "vice não manda nada"

Luiz Raatz

  • Letícia Moreira/Folhapress

O empresário Josué Gomes, filho do ex-vice presidente José Alencar, agradeceu nesta sexta-feira (20) a indicação do Centrão ao seu nome como candidato a vice-presidente na chapa do pré-candidato à Presidência Geraldo Alckmin (PSDB) e defendeu que a coligação deve ter como base programas e ideias para disputar as eleições de 2018.

Ele lembrou do pai, morto em 2011, vice do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva entre 2002 e 2010, ao dizer que o "importante na chapa é quem a encabeça. Vice não manda nada e deve evitar atrapalhar", citou em nota à imprensa.

Gomes, que está em viagem de trabalho ao exterior, prometeu inteirar-se das negociações feitas pelo Centrão com o PSDB para tomar uma decisão sobre aceitar ou não o convite.

"Recebi com responsabilidade essa possível indicação. Agradeço a confiança que as lideranças depositam em meu nome", acrescentou o empresário, que é filiado ao PR, de Valdemar Costa Neto, e dirige a Coteminas.

Veja a nota completa de Josué:

"Em viagem de trabalho ao exterior, tomei conhecimento da decisão do Partido da República (PR), ao qual sou filiado, de, juntamente com o DEM, PP, PRB e Solidariedade, apoiar a candidatura de Geraldo Alckmin (PSDB) à Presidência da República, sugerindo o meu nome como possível vice da chapa. Relembro o meu saudoso pai, que dizia que o importante na chapa é quem a encabeça. E acrescentava: "Vice não manda nada e deve evitar atrapalhar".

De minha parte, creio firmemente que uma coligação deva estar baseada em programas e ideias que projetem os rumos a serem seguidos pelo Brasil. Recebi com responsabilidade essa possível indicação. Agradeço a confiança que as lideranças depositam em meu nome. No meu retorno, procurarei inteirar-me dos encaminhamentos feitos pelos partidos, para que possa tomar uma decisão.
Josué Christiano Gomes da Silva
"

O acordo

O Centrão decidiu na quinta-feira (19) fechar apoio a Alckmin em detrimento do ex-ministro Ciro Gomes, do PDT, após semanas de indecisão. A entrada no PR no bloco, influenciou na decisão de fechar o apoio ao PSDB, uma vez que Costa Neto defendia uma aproximação com Alckmin. A pressão feita pelo Planalto para que o grupo não se unisse a Ciro também foi decisiva.

O governo ameaçou tirar cargos de quem se unisse a Ciro, principalmente do PP, que comanda os ministérios da Saúde, Cidades e Agricultura - com orçamentos que, juntos, somam R$ 153,5 bilhões -, além de ter o comando da Caixa. Formam o Centrão DEM, PR, PP, PRB e Solidariedade.

Receba notícias do UOL. É grátis!

UOL Newsletter

Para começar e terminar o dia bem informado.

Quero Receber

Veja também

UOL Cursos Online

Todos os cursos