Lula tem candidatura barrada, mas defesa festeja voto de Fachin: Lava alma

Rafael Moraes Moura, Amanda Pupo, Renan Truffi e Teo Cury

Brasília

A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) viu fracassar a tentativa de registrar a candidatura à Presidência da República, mas saiu satisfeita com o voto do ministro Edson Fachin, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), no julgamento realizado na noite desta sexta-feira (31).

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Fachin votou a favor da candidatura do petista, preso e condenado no âmbito da Operação Lava Jato, e abriu a divergência no julgamento em relação ao relator do caso, ministro Luís Roberto Barroso. Porém, o voto do relator acabou sendo seguido pelos outros cinco ministros do TSE: Rosa Weber, Tarcísio Vieira, Admar Gonzaga Neto, Og Fernandes e Jorge Mussi, o que barrou o registro da candidatura de Lula.

Único voto favorável à defesa de Lula, Fachin deu aval ao registro do petista, sob o argumento de que não é possível afastar o comunicado do Comitê de Direitos Humanos da ONU que defende o direito de Lula concorrer nas próximas eleições. Já Barroso se posicionou contra a candidatura do ex-presidente sob o argumento de que ele está enquadrado na Lei da Ficha Limpa.

"Eu acho que o voto do Fachin, independentemente do resultado, lava a alma, porque a decisão do comitê de Direitos Humanos da ONU foi chamada de ata de condomínio, do subcomitê do comitê", disse o advogado Luiz Fernando Casagrande Pereira, um dos defensores de Lula no TSE.

"Acho que a gente deveria parar para uma reflexão. O ministro Fachin deu um voto profundo, vertical e desconstruiu - certo ou errado - o voto do Barroso. Ele desconstrói uma posição que subestimava o comitê da ONU, subestimava a decisão do comitê de ONU. Ninguém vai pode dizer que o presidente Lula não tinha uma decisão hábil a garantir a sua candidatura", avaliou Casagrande Pereira.

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