Nos estados, candidatos se alinham a Bolsonaro e adotam tática 'linha dura'

Camila Turtelli, Adriana Ferraz, Pedro Venceslau, Aline Torres, Cyneida Correia, Bruno Tadeu, Filipe Strazzer e Jonathas Cotrim

De Brasília

  • José Carlos Daves/Futura Press/Estadão Conteúdo

    No Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori (MDB) prega o voto "Sartonaro"

    No Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori (MDB) prega o voto "Sartonaro"

Candidatos aos governos estaduais reforçaram no segundo turno o discurso alinhado ao de Jair Bolsonaro (PSL). Na maior parte dos casos, mesmo sem ter o apoio declarado do presidenciável, os postulantes nos estados assumiram a tática "linha dura" do capitão reformado.

Um desses casos é São Paulo. Além do discurso antipetista, João Doria (PSDB) passou a defender de forma mais contundente a redução da maioridade penal e a "permissão" para que policiais atirem para matar em situações de confronto.

A mesma tática é usada por candidatos em ao menos outros seis estados - Minas Gerais, Rio, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Amazonas e Roraima.

No Rio, até então desconhecido, o ex-juiz federal Wilson Witzel (PSC) aproveitou o debate feito pela TV Globo a cinco dias do primeiro turno para deixar claro seu apoio a Bolsonaro. Ele, que nas primeiras pesquisas nem pontuava, obteve 3,1 milhões de votos, mais do que o dobro do alcançado por Eduardo Paes (DEM). Na quarta-feira, o ex-juiz defendeu o armamento da população e a criação de clubes de tiro.

Em Minas, Romeu Zema (Novo) tem procurado afinar suas propostas às de Bolsonaro desde o fim do primeiro turno. Já declarou ser favorável à "família tradicional" e contrário ao ensino de "ideologias" nas escolas.

Em Santa Catarina, mesmo com um candidato do PSL no segundo turno - o Comandante Moisés -, seu adversário, Gelson Merísio (PSD), também anunciou apoio a Bolsonaro e reforçou temas ligados à segurança, com mais policiamento nas ruas.

'Sartonaro'

No Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori (MDB) prega o voto "Sartonaro". Na quinta-feira, ele recebeu o apoio formal dos diretórios estaduais do PSL e do DEM, que tem como presidente o coordenador da campanha de Bolsonaro, Onyx Lorenzoni. Já Eduardo Leite (PSDB) declarou seu apoio em entrevista logo após o primeiro turno.

O apoio duplo também acontece no Amazonas. Amazonino Mendes (PDT) ignorou Ciro Gomes ainda no primeiro turno e chegou a distribuir material impresso com Bolsonaro. Wilson Lima (PSC) esperou a orientação do partido.

Em Roraima, Antônio Denarium (PSL) investe na "onda bolsonariana" e quer restringir a entrada de venezuelanos no País. Após o primeiro turno, José de Anchieta (PSDB) também reforçou o apoio a Bolsonaro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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