Haddad diz que exterior reconhece riscos que Brasil corre com Bolsonaro

Laís Martins

Em São Paulo

  • Rahel Patrasso/Xinhua

    Fernando Haddad participa de evento com Laura Chinchilla, chefe da missão de observação da OEA

    Fernando Haddad participa de evento com Laura Chinchilla, chefe da missão de observação da OEA

O candidato do PT à presidência, Fernando Haddad, disse que é preciso ter grandeza de reconhecer os riscos que o Brasil corre se Jair Bolsonaro (PSL) for eleito, e que no exterior esse risco é mais reconhecido do que no próprio país.

"No exterior, esse risco está mais presente do que no próprio Brasil, por incrível que pareça. A comunidade internacional, a imprensa internacional está muito mais ciente do que significa uma eventual vitória de uma pessoa com as características do Bolsonaro do que a gente faz crer aqui", disse Haddad durante coletiva de imprensa em São Paulo.

Segundo o candidato petista, o Brasil está "naturalizando um processo muito pouco natural". Para Haddad, a eleição de Bolsonaro não representa um salto no escuro, mas sim um "salto no abismo".

Notícias falsas

Haddad falou à imprensa após reunião com a missão da Organização dos Estados Americanos (OEA) que está acompanhando as eleições brasileiras, na qual o PT denunciou a disseminação de notícias falsas.

"O que pedimos é que eles observem com atenção os acontecimentos daqui até domingo", afirmou Haddad, acrescentando que o PT quer evitar uma avalanche de notícias falsas nesta reta final, como, segundo ele, houve no primeiro turno da eleição.

"Se a gente conseguir evitar aquela avalanche de notícias falsas que circularam entre sexta e domingo do primeiro turno, eu acho que com essa onda de virada que o Brasil está vivendo... a gente pode chegar a um bom resultado eleitoral", avaliou.

Mais cedo, após o fim da reunião, a chefe da missão da OEA, a costa-riquenha Laura Chinchilla, afirmou que "é a primeira vez em uma democracia que estamos observando o uso do WhatsApp para disseminar maciçamente notícias falsas".

Pesquisa Ibope divulgada na terça-feira mostrou Haddad com 43% dos votos válidos, bem atrás do candidato do PSL, Jair Bolsonaro, que tinha 57%. No levantamento anterior, o placar era de 59% a 41% para Bolsonaro.

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