ESCÂNDALOS NO CONGRESSO

1. Câmara gasta R$ 610 mil com "tablets fixos" para deputados

Data de divulgação
9.jan.2013

A Câmara dos Deputados gastou R$ 609,7 mil para comprar 539 tablets, noticiou a "Folha de S.Paulo" em 9.jan.2013. Os aparelhos foram popularizados por serem computadores de dimensões reduzidas e facilmente transportáveis, mas a Câmara os fixou em mesas, impedindo que sejam transportados.

Segundo a "Folha", 402 tablets foram comprados para o plenário da Câmara (390 para as mesas, 1 para cada tribuna e mais 4 para a mesa da presidência). "Os demais dispositivos serão destinados a setores como a taquigrafia, responsável pelo registros dos discursos", afirmou o jornal.

Em 4.fev.2013, a "Coluna Esplanada", do jornalista Leandro Mazzini, registrou que a fixação dos tablets em mesas da Câmara rendeu uma placa com o nome do presidente da Casa que executou a medida, Marco Maia (PT-RS). "Não bastasse toda a pompa, era necessário que o evento ficasse registrado para a eternidade. A abertura do plenário, às 10h, teve foto dele e dos vices Rose Freitas (PMDB-ES) e Eduardo da Fonte (PP-PE) inaugurando placa comemorativa sobre  a modernização do plenário", escreveu a coluna.

O caso da compra de tablets já havia repercutido em novembro de 2011. Na ocasião, a "Folha" noticiou a proposta de aquisição dos aparelhos pelo Senado e pela Câmara. A história está registrada na página "Escândalos no Congresso 2011".

Em 2013, o jornal "O Globo" também repercutiu a fixação dos tablets em mesas da Câmara. Em 27.jan.2013, "O Globo" escreveu sobre as tarefas que os deputados poderiam executar usando os aparelhos: "Além dos projetos que estão na pauta, os deputados poderão acessar as emendas que foram feitas à proposta, requerimentos apresentados e todo o encaminhamento da sessão. Mas é possível também acessar o e-mail, sites da internet e todas as informações online. Muitas comissões da Câmara já implementaram o uso de computadores nas bancadas, reduzindo o uso de papel. Mesmo assim, para os mais avessos à tecnologia, é possível conseguir um avulso em papel".

Outro lado
O texto de 9.jan.2013 da "Folha de S.Paulo" apresenta explicações da Câmara dos Deputados. "Segundo a assessoria técnica da Câmara, optou-se pelos aparelhos por uma questão "arquitetônica": só eles caberiam nas bancadas". O presidente da Casa na época, Marco Maia (PT-SP), afirmou, de acordo com o jornal, que a medida serviria para reduzir o volume de papel usado. "Sabe aquela pilha de papel que vocês costumam ver aqui no plenário? Isso vai acabar. Vai ser uma economia brutal de papel", afirmou o deputado, segundo publicado pela "Folha".

Na reportagem de "O Globo" ainda ficou registrada a assinatura de um ato por Marco Maia para permitir a assinatura digital dos deputados em projetos. "Além dos projetos que estão na pauta, os deputados poderão acessar as emendas que foram feitas à proposta, requerimentos apresentados e todo o encaminhamento da sessão. Mas é possível também acessar o e-mail, sites da internet e todas as informações online. Muitas comissões da Câmara já implementaram o uso de computadores nas bancadas, reduzindo o uso de papel. Mesmo assim, para os mais avessos à tecnologia, é possível conseguir um avulso em papel", escreveu a publicação.

O que aconteceu?
Os tablets foram comprados pela Câmara e fixados em mesas da Casa, impedindo que possam ser transportados pelos deputados.

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