ESCÂNDALOS NO CONGRESSO

7. Gabriel Chalita (PMDB-SP) copia a própria tese para ter 2º mestrado

 

Data de divulgação
12.fev.2012

O escândalo
O deputado federal Gabriel Chalita (PMDB-SP) "usou teses praticamente idênticas para concluir dois mestrados, um em ciências sociais e outro em direito", noticiou a "Folha de S.Paulo" em 12.fev.2012. À época da divulgação da reportagem, Chalita pretendia concorrer ao cargo de prefeito de São Paulo em out.2012. Ele havia sido secretário estadual da Educação em São Paulo.

O autoplágio, segundo a reportagem, é "conduta rara e considerada antiética no ambiente acadêmico". O jornal relatou que Chalita obteve o título de mestre em ciências sociais em 1994. Em 1997, obteve o título de mestre em direito. Nos dois casos, o título foi obtido na PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo). "Cerca de 75% da segunda tese é uma reprodução da primeira. Os dois capítulos principais, além da conclusão do trabalho, são idênticos", afirmou o texto.

"A Folha procurou seis professores titulares de quatro universidades diferentes e perguntou se, em tese, aprovariam um aluno que defendesse uma segunda dissertação de mestrado nas mesmas condições de Chalita. Todos disseram que não, e alguns afirmaram, sem citar o caso concreto, que seria possível pensar na revogação do título acadêmico", comentou a reportagem.

As alterações feitas por Chalita na segunda tese "não são evidentes", afirmou a "Folha". Mas os acréscimos são mais claros: a bibliografia, por exemplo, passou de 15 referências para 31. E o trabalho ganhou dois capítulos. Já a conclusão das duas teses dos trabalhos é a mesma.

Outro lado
O deputado federal Gabriel Chalita (PMDB-SP) afirmou que a dissertação de mestrado em direito não é idêntica à que apresentou anos antes em ciências sociais. A assessoria do deputado disse que a sugestão de aproveitar no mestrado em direito o trabalho anterior partiu de seu orientador, o hoje desembargador Luiz Antonio Rizzatto Nunes. Já Nunes afirmou que "trabalho idêntico não poderia ser" e que não se recordava bem do trabalho de Chalita.

O pró-reitor de pós-graduação da PUC-SP, André Ramos Tavares, disse que a universidade não considera ter havido irregularidade. Para ele, o mestrado de Gabriel Chalita foi transparente. Disse também que Chalita cursou disciplinas e seu orientador, que tem autonomia, reconheceu os méritos do candidato. "Não tenho motivo para pensar que houve conluio", disse, segundo publicado pela "Folha".

O que aconteceu?
Nada.

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