Estudantes protestam contra reajuste de parlamentares em frente ao Palácio do Planalto
Um grupo formado por dezenas de estudantes secundaristas e universitários realizou uma manifestação pacífica no início da tarde desta segunda-feira (27) em frente ao Palácio do Planalto, em Brasília (DF). Os manifestantes foram para a rampa do Planalto, onde permaneceram por cerca de uma hora. De lá, seguiram em passeata pela Esplanada dos Ministérios.
Os participantes usaram nariz de palhaço, camiseta preta e portaram bandeiras vermelhas da Rede Estudantil Classista e Combativa (RECC). Segundo eles, o movimento é contra o aumento de 133% no salário dos parlamentares, aprovado no último dia 15, e a favor de um salário mínimo mais alto. Nesta segunda-feira (27), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que é favor de o valor atual do mínimo, R$ 540, não ser alterado.
Segundo um dos organizadores, o secundarista Fábio Coutinho, 17, do Movimento de Juventude Revolucionária Socialista, a coordenação foi feita por meio de contato com movimentos e comunidades mantidos por estudantes de outras capitais em redes sociais.
“Vamos fazer manifestações semelhantes também no Rio, em Salvador (BA), São Paulo e Belo Horizonte (MG)”, disse. Segundo o estudante, os próximos atos do tipo em Brasília serão nos próximos dias 1º e 8.
Com gritos de “Eu não sou otário, tira do meu bolso pra botar no seu salário” e de “Dilma, que papelão”, os estudantes são observados pelos seguranças no Planalto. O contingente de homens à disposição foi reforçado.
12 dias de atraso
Uma das manifetantes explicou ao UOL Notícias o porquê de só agora haver a manifestação – a aprovação do reajuste no Congresso foi dia 15 deste mês.
“Não viemos dia 15 porque tinha feriado, e fomos ao Congresso, dia 21, e fomos barrados, ainda que fôssemos todos maiores de idade e com o RG na mão; hoje tem até menor de idade e uma mãe delas acompanhando”, afirmou Ana Luiza de Oliveira, 18, estudante de Engenharia Florestal e membro do diretório acadêmico da UnB (Universidade de Brasília).
A mãe em questão é a dona de casa Prudência Mota, 50 anos, que foi à manifestação acompanhar as filhas – uma secundarista, a outra, universitária.
“Como é a primeira vez das minhas filhas em um ato desses, tinha medo do que a polícia pudesse fazer; eu mesma já fiz muita manifestação e fiz parte do movimento político quando era estudante no início da década de 1980, em Brasília”, contou Prudência.
No caminho para a Esplanada dos Ministérios, os estudantes adotaram um novo grito de ordem: “Tem dinheiro pra ministro, mas não tem pra educação”.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.