Oposição no Congresso pede apuração de denúncia contra Michel Temer
Em tom de cautela, os líderes da oposição no Congresso Nacional pediram uma investigação "aprofundada" da denúncia de envolvimento do vice-presidente da República e ex-presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer (PMDB-SP), de recebimento de propina por empresas prestadoras de serviços ao porto de Santos (SP), na década de 1990.
“Até hoje não há nada que desabone a sua história, a sua conduta e a sua biografia. Sempre o acompanhei, e ele tem uma postura de reagir veementemente a acusações que eram imputadas contra ele. Espero que agora seja da mesma forma. Agora, tudo tem que ser apurado a fundo, porque estamos falando do vice-presidente, não é de qualquer pessoa”, afirmou o líder do DEM na Câmara dos Deputados, ACM Neto (BA).
O deputado federal e presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra (PE), também defendeu apurações sobre o caso. “Tudo que eu desejo é que o vice-presidente Michel Temer realmente prove que não tem nada a ver com isso. A oposição só tem um sentido: é de exigir o cumprimento da lei para todos, inclusive para ele.”
Na mesma linha, o líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR), não quis discutir o “mérito da denúncia”, contudo cobra do STF (Supremo Tribunal Federal) que as medidas cabíveis sejam tomadas. “Não posso discutir o mérito [da denúncia], porque não o conheço, mas é um fato grave. De qualquer forma, o eleitor se sente enganado quando sabe de certas denúncias apenas depois da eleição. Não cabem ações [da oposição] neste momento, porque a discussão está em outra esfera. Só não pode ficar sem investigação”, afirmou.
O líder do DEM no Senado, Demóstenes Torres (GO), diz que vê com preocupação a denúncia. “É questão de apuração. Nós não temos como avaliar se há consistência ou não. Se houver, é matéria muito grave que deve gerar uma crise muito grande, mas vamos esperar a conclusão do inquérito.”
Em nota divulgada na terça-feira (5), após reportagem da “Folha de S.Paulo”, Temer negou ter recebido suborno e disse que o caso já foi analisado e arquivado pela Procuradoria Geral da República em 2002.
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