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Conselho de Ética aprova requerimento para ouvir marido de Jaqueline Roriz

Da Agência Câmara

Em Brasília

04/05/2011 17h24

O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar aprovou nesta quarta-feira requerimento do deputado Ricardo Izar (PV-SP) para que seja ouvido o empresário Manoel Neto no processo disciplinar que investiga sua esposa, a deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF).

Izar argumenta que o delator do esquema de corrupção ao qual o nome da deputada pode estar ligado, Durval Barbosa, disse em seus depoimentos que Manoel teria recebido dinheiro em diversas ocasiões, e não apenas na ocasião do vídeo que foi divulgado em que os dois aparecem recebendo dinheiro em espécie.

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Nesta tarde, Durval Barbosa deveria prestar esclarecimentos ao conselho, mas desmarcou o depoimento na semana passada alegando que os deputados poderiam querer coagi-lo em público.

Conclusão do processo

Na avaliação do relator do processo, deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), essa recusa em depor não compromete seu relatório nem as conclusões do colegiado, uma vez que o conselho teve acesso aos depoimentos de Durval à Polícia Federal e às investigações da CPI que investigou o assunto na Câmara Legislativa do DF. "Seria apenas mais uma peça de convencimento, mas podemos concluir os trabalhos perfeitamente sem ouvir Barbosa", disse.

Como o Conselho de Ética não tem poder de convocar depoentes, como teria uma CPI, pode ser que Manoel Neto também recuse o convite para ser ouvido. Mas o presidente do Conselho, deputado José Carlos Araújo (PDT-BA), ressaltou que ele seria uma testemunha mais ligada à defesa da deputada. "Vamos convidar as testemunhas, mas se elas se recusarem, não haverá problemas, temos elementos suficientes para concluir o processo", garantiu.

Os deputados Wladimir Costa (PMDB-PA) e Mauro Lopes (PMDB-MG) foram contrários ao convite de Manoel Neto. Costa afirmou que a recusa de mais um convite desmoralizaria a Câmara, enquanto Lopes apresentou um ponto de vista diferente.

Para Lopes, a deputada ainda era uma cidadã comum quando teriam acontecido as irregularidades, e não caberia à Câmara julgá-la ou cassar seu mandato. "Esse é um processo para a Justiça comum, em um crime que, se ela cometeu, cometeu antes de ser parlamentar", disse.

Hoje, o Conselho deveria ter recebido da Procuradoria Geral da República o resultado da perícia do vídeo em que Jaqueline Roriz aparece. No entanto, o material ainda não foi enviado ao colegiado.

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