Oposição consegue assinaturas necessárias para abrir CPI dos Transportes
Esta será a segunda CPI do governo Dilma Rousseff, mas a primeira com peso político. A outra CPI em andamento é a do Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição), que investiga supostas irregularidades no pagamento de direitos autorais. Ela foi aberta no final de junho.
Tucano convida Nascimento a assinar CPI
Mais cedo, antes de conseguir todas as assinaturas, o senador Álvaro Dias (PSDB-PR) pediu para o ex-ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, também dar sua assinatura. Nascimento, que retornou ao Senado após afastamento do ministério, discursou hoje na Casa, negando as acusações e dizendo que não teve apoio do governo federal.
Dias sugeriu que, se ele era favorável à investigação, que assinasse, então, o requerimento de uma CPI para investigar as denúncias.
"As denúncias são da maior gravidade. O Tribunal de Contas da União aponta que em apenas dois anos foram desviados mais de R$ 700 milhões. Há a confirmação do TCU de desvios e a aceitação da presidente da República [Dilma Rousseff] desses fatos, ao demitir os funcionários", afirmou o tucano, apelando ao colega para que assine o pedido de uma CPI para investigar as denúncias no Ministério dos Transportes.
Em resposta, Alfredo Nascimento negou-se a assinar o pedido, dizendo já ter pedido a investigação do Ministério Público e reafirmando seu apoio ao governo de Dilma.
“O seu pedido de CPI é diferente do meu. Eu estou aqui como senador da República e sou da base do governo. Pode parecer raiva, me aproveitar de uma situação e chegar aqui e dizer que quero assinar uma CPI”, afirmou.
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