Arruda está confiante de que tem chance de reverter decisão, diz advogado
Afastado do cenário político, o ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda evita dar entrevistas à imprensa, mas, segundo o advogado Cláudio Bonato Fruet, está “sereno” e “confiante” de que a decisão judicial da 20ª Vara da Justiça Federal no Distrito Federal que cassou os seus direitos políticos por cinco anos será revertida. A decisão foi divulgada nesta segunda-feira (20).
“Ele recebeu a notícia com serenidade e me perguntou sobre os próximos passos”, afirmou Fruet ao UOL. A próxima etapa, diz, será entrar com um recurso no Tribunal Regional Federal da 1ª Região, o que deve fazer até meados de setembro.
Arruda foi condenado na Justiça Federal em Brasília pela violação do painel eletrônico do Senado em 2001 na votação secreta que levou à cassação do senador Luiz Estevão (PMDB-DF). Na época, Arruda pertencia ao PSDB e era líder do governo Fernando Henrique Cardoso no Senado e adversário político de Estevão. Com o escândalo, Arruda renunciou ao mandato.
A sentença, que saiu na semana passada, também prevê pagamento de multa no valor de cem vezes o salário de senador em 2000, que pode passar de R$ 2,5 milhões. Os bens do ex-governador ficam indisponíveis até o pagamento da multa.
A defesa argumenta que Arruda já foi inocentado na esfera penal e que ele não determinou a violação do painel nem tinha poderes hierárquicos para tal. Arruda, porém, admitiu ter visto a lista de votação e repassado para o então presidente do Senado, Antônio Carlos Magalhães, morto em 2007. “O Antônio Carlos falou que rasgou a lista, mas não sei, talvez alguém tenha guardado, um dia ela aparece”, brincou Fruet.
Sobre o impacto da cassação na eventual candidatura de Arruda à Câmara dos Deputados em 2014, a defesa argumenta que o s cinco anos de direitos políticos cassados só começam a contar depois que a decisão tiver percorrido todas as instâncias da Justiça, o que daria tempo para Arruda disputar as eleições em 2014.
Depois da sua renúncia ao Senado, Arruda ainda elegeu-se deputado e governador do Distrito Federal. No entanto, em 2010, teve o mandato de governador cassado por infidelidade partidária por ter se desfiliado do DEM.
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