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Dilma reencontra Campos hoje em Pernambuco e verá protesto por ações contra seca

Carlos Madeiro

Do UOL, em Maceió

20/05/2013 08h24

A presidente Dilma Rousseff volta a Pernambuco nesta segunda-feira (20) para duas solenidades oficiais no Estado comandando pelo seu provável adversário na disputa presidencial de 2014, Eduardo Campos (PSB). O último encontro dos dois, no dia 25 de março, teve troca de farpas e elogios entre eles. A nova visita também deve ser marcada por protesto de agricultores, que vão cobrar mais medidas de combate aos efeitos da seca no Nordeste.

O encontro entre os dois é aguardado com expectativa no meio político, já que o governador pernambucano aumentou, nos últimos dias, o ritmo dos encontro com lideranças políticas. Na semana passada, o governador recebeu, no Recife, a visita da senadora Marina Silva (Rede-AC) e do ex-prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD).

Nos bastidores, afirma-se que Campos reduziu as aparições públicas para encontro internos. O objetivo seria fazer seu nome como presidenciável ganhar força, aumentando um possível leque de alianças para 2014.

No primeiro encontro, em março, Dilma e Campos trocaram elogios

Agenda

Nesta segunda-feira, a presidente Dilma participa, às 11h, do lançamento, no Complexo Industrial Portuário de Suape, em Ipojuca (região metropolitana do Recife), do navio petroleiro Zumbi dos Palmares –o quinto do Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef) entregue à Transpetro em um ano e seis meses.

À tarde, a presidente participa da inauguração da Arena Pernambuco, em São Lourenço da Mata (região metropolitana do Recife). O estádio é o último dos seis inaugurados para a Copa das Confederações e terá um jogo comemorativo entre os operários que trabalharam na obra. Cerca de 15 mil pessoas são esperadas no evento, todos convidados.

No último encontro dos dois, em Serra Talhada (414 km do Recife), Dilma cobrou "aliados comprometidos" e defendeu a união dos partidos aliados. Já Campos disse que conhecia “como poucos” o fel da discriminação de não ter direito de debater o país. Nesta segunda-feira, a expectativa é que os discursos ácidos sejam repetidos.

Protesto

A visita de Dilma deve ser palco protesto de agricultores que sofrem com a maior seca dos últimos 50 anos no Nordeste. Caravanas já confirmaram presença. Além de Pernambuco, cerca de mil integrantes do Movimento dos Agricultores Endividados do Nordeste, também conhecidos como os “chapéus de palha”, de Alagoas vão ao Estado vizinho pedir um encontro com a presidente.

Eles querem a suspensão das execuções dos débitos, a exclusão dos devedores dos bancos de restrições cadastrais, novos empréstimos a juros diferenciados e a elaboração de um projeto de política agrícola exclusivo para o Nordeste. Nos últimos dias, Dilma tem enfrentado protestos de lideranças nordestinas. No último dia 30, os prefeitos da região, reunidos em Maceió, divulgaram carta culpando a ineficácia das ações federais pela "fome e miséria" causadas pela seca