"Não lamento nem festejo", diz Cabral após 3ª pior avaliação entre governadores
O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), afirmou nesta sexta-feira (13) "não lamentar nem festejar" a terceira pior avaliação entre os 26 Estados e o Distrito Federal, segundo pesquisa CNI/Ibope divulgada na manhã de hoje.
O chefe do Executivo fluminense --atrás apenas dos governadores do Rio Grande do Norte, Rosalba Ciarlini Rosado (DEM), e do DF, Agnelo Queiroz (PT)-- classificou o resultado como uma "fotografia do momento".
"Eu encaro sempre como a fotografia do momento. Nós temos que respeitar e continuar trabalhando. Meu papel é trabalhar como governador. Eu não festejo a subida em um terço na última pesquisa. Não lamento e nem festejo", disse.
"Nem quando candidato, coisa que não sou, eu jamais festejei ou lamentei pesquisa. Não vai ser agora, como governador, no exercício do governo e completando meu sétimo ano, que vou ter qualquer tipo de reação que não seja de respeito a uma fotografia do momento", completou o governador do Rio.
De acordo com a pesquisa, somente 18% da população avaliam o governo de Cabral como “ótimo ou bom”. Ele ficou empatado com o governador do Amapá, Camilo Capiberibe (PSB).
Já 32% dos cariocas e fluminenses afirmaram o considerar "regular", e 47% o avaliaram como "ruim ou péssimo". Na pesquisa de julho, Cabral tinha a pior avaliação (12%) entre os 11 Estados. O levantamento também analisou o impacto das manifestações sobre a avaliação de governadores.
A maioria (61%) também disse não aprovar a forma como Cabral governa o Rio. Além disso, 65% dos entrevistados declararam não "confiar" na figura do governador.
Rosalba no topo
A atuação do governo do Rio Grande do Norte, comandado por Rosalba Ciarlini Rosado, teve a pior avaliação entre os 26 Estados e o Distrito Federal: apenas 7% consideram o governo de Rosalba ótimo ou bom.
A governadora teve o afastamento do cargo decretado pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral) do RN na terça-feira (10), sob a acusação de abuso de poder econômico e político na campanha eleitoral de 2012. Na quinta, Rosalba conseguiu uma liminar concedida por ministra do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e poderá permanecer no cargo.
O segundo pior avaliado é o governador do DF, Agnelo Queiroz (PT), com 9%. O governador do Pará, Simão Jatene (PSDB), com 22%, e o Mato Grosso, Silval Barbosa (PMDB), com 23%, ocupam a quarta e a quinta colocações, respectivamente.
Rosalba e Agnelo também têm a pior colocação na avaliação da maneira de governar, com 13% e 16%, respectivamente. Capiberibe tem 26% e é o terceiro entre os mais mal avaliados.Também apresentam os piores índices de confiança na pesquisa Rosalba, Agnelo e Capiberibe, com 11%, 13% e 25%, respectivamente.
Aprovados
O governador do Amazonas, Omar Aziz (PSD), é o mais bem avaliado na pesquisa, com 74% de aprovação. Em segundo lugar, vem o presidenciável Eduardo Campos (PSB), governador de Pernambuco, com 58%. O terceiro mais bem avaliado é o governador do Acre, Tião Viana (PT), com 55%.
Os governadores do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), e do Mato Grosso do Sul, André Puccinelli (PMDB), estão empatados na quarta colocação, com 49%.
Aziz também tem a melhor avaliação na maneira de governar, com 84% de aprovação. Campos ocupa o segundo lugar, com 76%, e Viana, a terceira, com 70%.
No índice de confiança, Aziz também tem o melhor número, com 75%. É seguido por Campos e Viana, que estão empatados com 66%.
As informações são de pesquisa realizada pelo Ibope, por encomenda da CNI (Confederação Nacional da Indústria), entre os dias 23 de novembro e 2 de dezembro, com 15.414 pessoas com mais de 16 anos de idade, em 727 municípios de todo país.
A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. Como não há periodicidade de avaliação dos governadores, não é possível estabelecer uma comparação que permita mensurar a queda (ou crescimento) na popularidade deles.
O índice de aprovação ao governo da presidente Dilma Rousseff também foi divulgado nesta sexta-feira. A pesquisa apontou que a aprovação subiu para 43%. No último levantamento, divulgado em setembro, 37% consideraram o governo Dilma ótimo; 39% regular; 22% ruim ou péssimo; e 1% dos entrevistados não souberam ou não responderam à pesquisa.
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