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Pezão toma posse do governo do RJ e diz que "irmão" Cabral é insubstituível

Henrique Coelho

Do UOL, no Rio

04/04/2014 10h17Atualizada em 04/04/2014 13h16

O Rio de Janeiro possui um novo governador. Luiz Fernando Pezão (PMDB), que era vice de Sérgio Cabral (PMDB), assumiu o cargo na manhã desta sexta-feira (4), com compromisso firmado até o dia 31 de dezembro de 2014. Em seu discurso, o novo chefe do Executivo afirmou que Cabral --que deixa o cargo para disputar uma vaga no Senado-- virou um "irmão", e o chamou de "insubstituível".

"Amanheci na residência dele em 90% dos dias do governo dele. Ele botou o Rio de novo no mapa, com a ajuda de Lula e Dilma. Ninguém pode negar o que fizemos.", disse Pezão. O governador afirmou que o seu primeiro ato será tentar reabrir o Hospital Geral da Santa Casa de Misericórdia, no centro da capital fluminense, em parceria com a prefeitura. "É inadmissível, em um Estado que as pessoas por vezes passam necessidades, que o centro da capital tenha 600 leitos ociosos", declarou.

Sérgio Cabral abraça Luiz Fernando Pezão - Luiz Roberto Lima/Futura Press - Luiz Roberto Lima/Futura Press
"Pezão e eu somos a mesma coisa", diz Cabral sobre saída do governo do Rio
Imagem: Luiz Roberto Lima/Futura Press

A cerimônia de passagem do cargo de governador do Estado do Rio de Janeiro para Luiz Fernando Pezão começou após meia hora de atraso na sede da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio), no centro da cidade. O esquema de trânsito montado em frente à Alerj acabou causando lentidão até o Aterro do Flamengo.

Entre os presentes, estavam o arcebispo do Rio, cardeal Dom Orani Tempesta, o procurador-geral do Estado, Marfan Martins Vieira, a presidente do Tribunal de Justiça do Rio, Leila Mariano, além de outras autoridades. Paulo Mello, presidente da Alerj, disse não esconder a satisfação de empossar Pezão: "Que você tenha sabedoria para continuar um governo de grandes responsabilidades".

O governador empossado falou sobre o início de sua trajetória política, no interior do Estado do Rio, e se emocionou ao falar da ausência do pai e da mãe à cerimônia. "É uma honra muito grande, uma emoção muito grande. Eu comecei numa pequena cidade, como Piraí, de 25 mil pessoas. O Sérgio Cabral diz que eu tenho a alma de vereador, de ir às ruas, e é verdade. Aprendi isso em Piraí", disse ele. "Gostaria que meu pai e minha mãe estivessem aqui", completou.

"Sempre procurei construir pontes. Aprendi com o ex-governador Marcello Alencar, trabalhei também com Garotinho e Rosinha", afirmou Pezão.

Pezão, que será o candidato do PMDB na eleição para o governo do Rio, em outubro, discursou ainda sobre novos investimentos feitos pela gestão Cabral nas áreas de segurança pública e transportes:

"Assumimos com 2,3 bilhões na segurança pública em 2007. Em 2014, são mais de 9 bilhões. Hoje, a população vive momentos de ocupação de territórios, e hoje a polícia está lá presente. Temos muito a fazer, mas já fizemos muito também".

"Não comprávamos uma barca nova há 53 anos. Compramos 9 e vamos comprar mais 4. Nos trens e metrô, a frota toda está sendo renovada".