Líder do MST cobra juiz da Lava Jato a investigar contas do HSBC na Suíça
O líder do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), João Pedro Stédile, cobrou do juiz federal Sérgio Moro, responsável pelas apurações da operação Lava Jato, que investigue a lista de clientes brasileiros do banco HSBC com contas na Suíça.
A Lava Jato trata de desvios e denúncias corrupção na Petrobras. A lista de contas do HSBC é conhecida como SwissLeaks (vazamentos da Suíça) -- uma CPI no Senado deverá investigar este caso.
“Juiz federal, seo [Sérgio] Moro, que agora posa de moralista no Paraná, pegue a conta do HSBC, diga para o povo quem são os 8.000 que mandaram dinheiro para fora, que isso também é corrupção e nós queremos saber”, afirmou Stédile nesta sexta-feira (20).
Chega a 8.667 o número de brasileiros com contas no HSBC em Genebra. Os arquivos do banco indicam que os depósitos deles somavam cerca de US$ 7 bilhões entre 2006 e 2007. O Brasil é o nono país com o maior valor depositado no SwissLeaks e quinto em número de clientes.
Stédile também defendeu uma reforma política no Brasil. O primeiro passo para fazer esta reforma, disse o líder do MST, é “exigir que o ministro Gilmar Mendes, que é o ministro do capital no STF, devolva o parecer que proíbe o financiamento privado de campanha”.
Ministros do Supremo votaram pela proibição do financiamento de campanhas políticas por empresas, mas o julgamento está parado há quase um ano por causa de um pedido de vista de Mendes. Na última terça, o magistrado disse que cabe ao Congresso decidir sobre o financiamento privado de campanha eleitoral.
Stédile fez as declarações durante discurso em Eldorado do Sul, na região metropolitana de Porto Alegre, onde participou com a presidente Dilma Rousseff (PT) da cerimônia de inauguração da unidade de secagem e armazenagem de grãos da Cootap (Cooperativa dos Trabalhadores Assentados da Região de Porto Alegre).
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