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"Muro do impeachment" vira atração turística em Brasília

A estudante Samantha de Faveri posa em frente ao muro, em Brasília - Edgard Matsuki/UOL
A estudante Samantha de Faveri posa em frente ao muro, em Brasília Imagem: Edgard Matsuki/UOL

Edgard Matsuki

Colaboração para o UOL, em Brasília

16/04/2016 10h35

Com o Congresso fechado para visitações neste fim de semana para a votação da aceitação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), a maior atração para quem visita a Esplanada dos Ministérios (em Brasília) é a divisão feita para separar manifestantes pró e contra a saída de Dilma. Neste sábado (16) pela manhã, foi possível ver diversos turistas e moradores da capital tirando foto no “muro do impeachment”.

o casal de servidores públicos Clélia e Casto Costa - Edgard Matsuki/UOL - Edgard Matsuki/UOL
O casal de servidores públicos Clélia e Casto Costa
Imagem: Edgard Matsuki/UOL

A estudante Samantha de Fáveri, moradora da cidade de Jacinto Machado (SC), veio com o irmão, morador de Brasília, para ver como a divisão estava sendo feita. Ela, que se disse “em cima do muro” em relação ao impeachment, foi bem clara em relação à divisão: “Não precisava deste muro. Ele só serve para deixar a divisão do país mais clara”.

A favor do impeachment de Dilma por acreditar que ela não tem mais condições de governar o país, o casal de servidores públicos Clélia e Casto Costa afirmam que até o muro está sendo politizado. “Brasília é totalmente acolhedora. Este muro que divide a cidade em duas não representa a capital. Representa este momento do país, infelizmente”, diz Castro. “É feio, mas é necessário”, disse Clélia. 

O engenheiro Max Martinhão, que mora na capital federal há 18 anos, aproveitou para gravar um vídeo com críticas à divisão. “Estava mandando (o vídeo) para os meus contatos do WhatsApp falando que nunca vi uma divisão assim aqui. Para mim, este é o símbolo da divisão”. Quanto ao impeachment, ele se disse contra: “É um processo apressado. É só comparar com o processo contra Cunha. Está demorando bem mais”.

Até o meio da manhã deste sábado, a polícia estava permitindo que os turistas andassem de um lado para o outro do muro. De acordo com um PM que faz a segurança da Esplanada, o trânsito de pedestre entre os lados do muro deve ser suspenso quando manifestantes pró e contra Dilma começarem a chegar na Esplanada dos Ministérios.

Ativistas fazem ato por "mais pontes e menos muros", na sexta (15) - Lalo de Almeida-15.abr.2016/Folhapress - Lalo de Almeida-15.abr.2016/Folhapress
Ativistas fazem ato por "mais pontes e menos muros", na sexta (15)
Imagem: Lalo de Almeida-15.abr.2016/Folhapress

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