Alckmin defende que PSDB não deve participar de um eventual governo Temer
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), defende que seu partido não deve participar de um eventual governo do vice-presidente Michel Temer.
“O PSDB agiu corretamente votando favoravelmente ao impeachment [de Dilma Rousseff]. Temos dever de apoiar um possível governo Temer, mas defendo que o PSDB não participe do governo nem com pastas nem com cargos”, disse o governador de São Paulo em entrevista exclusiva ao jornal do SBT.
A declaração de Alckmin vai de encontro a outras lideranças do partido, que estariam interessadas em participação de um ministério montado por Michel Temer. Entre os nomes cotados pelo vice-presidente estão o senador José Serra (PSDB) e atual secretário da Saúde de São Paulo David Uip.
Crítica comum dos contrários ao impeachment, que argumentam que Estados e municípios também praticam “pedaladas fiscais”, Alckmin rebate. “O que é a pedalada fiscal? É fazer pagamento de atividades e deveres do governo através de bancos públicos. Os Estados não têm bancos. As prefeituras não têm banco.”
O governo paulista disse ainda que não tem dúvidas de que o processo de impeachment será acolhido pelo Senado. “Se você teve 2/3 da Câmara, terá metade mais um no Senado. Ocorrendo o afastamento, se não houver um fato superveniente, o impeachment é questão de tempo”, completou.
Sobre as denúncias da força-tarefa da Operação Alba Branca, que investiga desvio de dinheiro público destinado a merendas escolares no Estado de São Paulo, Alckmin defende as investigações. “Não interessa de qual partido é. Nós que descobrimos, investigamos e estamos apurando com Ministério Público. E apurando sobre todo mundo”, completou o governador.
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