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Foi impeachment ou golpe? Veja a opinião de quem foi a protestos em SP e RJ

Do UOL, em São Paulo

31/08/2016 23h52

A quarta-feira (31) começou com muita expectativa, teve muita tensão à tarde e terminou com manifestações e violência. O dia do impeachment da agora ex-presidente Dilma Rousseff (PT) foi o auge de período conturbado, marcado, entre outras coisas, pela divisão entre apoiadores da ex-presidente Dilma Rousseff e dos que defendiam a sua saída do cargo. Dilma foi afastada definitivamente do cargo em votação ocorrida no Senado às 13h35 - 61 senadores votaram a favor do impeachment e 20 contra. Para o afastamento, eram necessários 54 votos.

O UOL conversou com manifestantes dos dois lados que saíram às ruas nesta quarta - uma manifestação pró-impeachment aconteceu em frente à sede da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), na avenida Paulista, em São Paulo; contra o impeachment, em frente à igreja da Candelária, no centro do Rio de Janeiro. Houve um golpe contra Dilma ou o impeachment foi legal?

 

Suzana Vieira, 21, estudante

Suzana Vieira, 21, estudante - Fernando Maia/UOL - Fernando Maia/UOL
Imagem: Fernando Maia/UOL

“Eu não concordo com esse golpe, com a maneira como ele foi feito. Temer tem um projeto [de governo] ilegítimo. Dilma foi eleita democraticamente e não teve a chance de concluir o seu mantado. ”

Tatiana Escavone, 21, estudante

Tatiana Escavone, 21, estudante - Fernando Donasci/UOL - Fernando Donasci/UOL
Imagem: Fernando Donasci/UOL

"Vim para comemorar o impeachment da presidente Dilma. Achei um tanto inconstitucional a votação do impeachment, é uma pena ela continuar habilitada a exercer cargos públicos."

Paula dos Santos, 69, professora

Paula dos Santos, 69, professora - Fernando Maia/UOL - Fernando Maia/UOL
Imagem: Fernando Maia/UOL

“Estou aqui porque é a única forma de derrubar essa ditadura burguesa atual. O processo de impeachment foi o meio que os medrosos e covardes que perderam nas urnas se valeram para tomar o poder. ”

Antonio da Silva Ortega, 64, professor da rede pública estadual

Antonio da Silva Ortega, 64, professor da rede pública estadual - Fernando Donasci/UOL - Fernando Donasci/UOL
Imagem: Fernando Donasci/UOL

"Estou aqui para comemorar a grande vitória da nação da brasileira verde amarela, contra o que queriam implantar aqui no Brasil, igual como está acontecendo na Venezuela. O processo de impeachment foi bom porque afastou Dilma da presidência, mas ruim porque manteve os direitos políticos dela."

Ney Robinson, 66, engenheiro

Ney Robinson, 66, engenheiro - Fernando Maia/UOL - Fernando Maia/UOL
Imagem: Fernando Maia/UOL

“Foi dado um golpe no país. É um dia muito triste, que representa perda de direitos. Um golpe no país e na democracia. ”

Antonio Eugenio de Melo, 47, trabalha com construção civil

Antonio Eugenio de Melo, 47, trabalha com construção civil  - Fernando Donasci/UOL - Fernando Donasci/UOL
Imagem: Fernando Donasci/UOL

"Eu estou na rua para tentar limpar o nosso país dessa roubalheira. A votação do impeachment não passou de um teatro. Nosso Brasil precisa de uma faxina geral em Brasília, tem que tirar (os ministros) do STF do poder, e todos os políticos corruptos que estão lá”

Ronilson Brazão, 56, engenheiro

Ronilson Brazão, 56, engenheiro - Fernando Maia/UOL - Fernando Maia/UOL
Imagem: Fernando Maia/UOL

“Vim para mostrar a minha indignação com esse processo de impeachment, que foi uma violência desnecessária, um verdadeiro golpe. ”

Mauro Consoli, 48, dentista

Mauro Consoli, 48, dentista - Fernando Donasci/UOL - Fernando Donasci/UOL
Imagem: Fernando Donasci/UOL

"Estou na rua contra a corrupção e para tentar acabar com a impunidade no país. Tivemos uma vitória parcial hoje, foi um grão de areia no oceano porque tem muita coisa pra consertar nessa política."

Natália Guimarães, 49, funcionária pública estadual

Natália Guimarães, 49, funcionária pública estadual  - Fernando Maia/UOL - Fernando Maia/UOL
Imagem: Fernando Maia/UOL

“Sou contra esse golpe fascista, machista, armamentista e homofóbico. O impeachment é o retrocesso de um século, um completo absurdo. Eu não votei na Dilma, mas tem que respeitar os 54 milhões de votos. ”

Gabriel Araújo, 19, estudante

Gabriel Araújo, 19, estudante - Fernando Donasci/UOL - Fernando Donasci/UOL
Imagem: Fernando Donasci/UOL

"Estou aqui para comemorar o impeachment de Dilma Rousseff. Fiquei indignado porque eles dividiram a votação em duas partes. Ela sofreu o impeachment mas manteve seus direitos políticos. Isso é um absurdo” 

Snap do UOL acompanha atos em SP e ouve opiniões sobre impeachment

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