Análise: Marta é contundente; Erundina é franco-atiradora, mas Doria domina
As candidatas à Prefeitura de São Paulo Marta Suplicy (PMDB) e Luiza Erundina (PSOL) ganharam destaque com discursos mais incisivos no debate Folha/SBT/UOL nesta sexta-feira (23), mas foi o tucano João Doria quem dominou o debate, segundo análises de especialistas.
Brigando pelo primeiro lugar nas pesquisas, Marta optou por responder de forma contundente aos ataques dos oponentes, enquanto Erundina, com pouco tempo de televisão, foi para o ataque e se tornou a “franco-atiradora” do debate, na opinião de Reinaldo Polito, especialista em linguagem corporal.
Para Polito, a experiência da maioria dos candidatos em veículos de comunicação --Celso Russomanno é jornalista e Marta e Doria têm larga experiência em televisão-- ajudou os candidatos a se expressarem bem no momento de 'segurar o eleitor'.
"Todos os candidatos demonstram domínio da comunicação. É um treino de uma vida inteira. Marta é a mais contundente e a Erundina, que tem pouco tempo, está uma franco-atiradora", afirmou.
Para o cientista político Fernando Abrucio, os candidatos se mantiveram na defensiva por todo o debate, preferindo mostrar seus feitos e propostas em vez de apontar erros dos adversários. Com isso, foi Doria quem se destacou.
"A estratégia deles foi defensiva. E o Doria foi o mais beneficiado nessa estratégia porque é o que hoje está em primeiro lugar nas pesquisas. Os outros candidatos, sobretudo o que já tiveram em governo, tentaram mostrar o que fizeram, mas isso nem sempre é a melhor estratégia porque um está concorrendo com o outro”, afirmou.
Para Abrucio, Marta não se saiu bem ao confrontar Russomanno.
"Olhando o embate Russomanno e Marta, a Marta tinha que ir para cima do Russomanno e ela, na verdade, fez escada para ele que no final ainda a alfinetou”, disse.
Segundo a última pesquisa Datafolha, João Doria (PSDB) alcançou 25% das intenções de voto, enquanto o deputado Celso Russomanno (PRB) caiu para 22%. Marta Suplicy (PMDB) oscilou negativamente para 20%.
Fernando Haddad (PT), candidato à reeleição, manteve-se no mesmo patamar, com 10% das intenções de voto, ante os 9% aferidos na pesquisa anterior. Luiza Erundina (PSOL) oscilou de 7% para 5%.
Major Olímpio (SD) ficou com 2%, Levy Fidelix (PRTB), 1%, e Ricardo Young (Rede) e João Bico (PSDC) não atingiram 1%. Henrique Áreas (PCO) e Altino (PSTU) não foram citados.
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