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Justiça corrigiu abuso e violência contra mim, diz Garotinho

Após um dia de prisão domiciliar, Anthony Garotinho teve sua prisão revogada nesta quinta (24) - Wilton Junior/Estadão Conteúdo
Após um dia de prisão domiciliar, Anthony Garotinho teve sua prisão revogada nesta quinta (24) Imagem: Wilton Junior/Estadão Conteúdo

Do UOL, no Rio de Janeiro

24/11/2016 14h20

O ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho divulgou uma nota em seu blog horas depois de o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) revogar sua prisão preventiva, nesta quinta-feira (24). Garotinho declarou no comunicado que sua detenção foi “uma verdadeira afronta ao Estado Democrático de Direito” e disse que estava certo que ela seria corrigida.

“Sempre confiei que a Justiça corrigiria o abuso de autoridade e a violência cometida neste caso contra mim”, declarou. “Não sou acusado de corrupção, enriquecimento ilícito ou qualquer desvio de verba pública, tão somente, de uma possível irregularidade eleitoral. Me privar da liberdade por isso é uma verdadeira afronta ao Estado Democrático de Direito.”

Garotinho lembrou ainda que sua prisão “quase lhe custou a vida”. Para ele, entretanto, o pior de tudo foi “ver a alma de sua família ferida”.

Ele ainda agradeceu aos que rezaram por ele e a “todos aqueles que continuam acreditando que a Justiça no Brasil deve ser para todos, mas respeitando o direito e as garantias constitucionais. ”

A decisão do TSE que revogou a prisão preventiva de Garotinho impôs ao político medidas cautelares que, se descumpridas, podem levar Garotinho de volta ao regime prisional. Uma delas é o pagamento de uma fiança de R$ 88 mil, o equivalente a cem salários mínimos.

De acordo com a decisão do TSE, Garotinho deverá cumprir outras medidas cautelares: não poderá voltar a Campo de Goytacazes até o julgamento e nem sair de casa por mais de três dias sem autorização judicial, não poderá exercer a profissão de radialista e nem ter qualquer tipo de contato com testemunhas arroladas durante todo o andamento do processo.

Garotinho foi preso no último dia 16, suspeito de usar o programa social Cheque Cidadão para comprar votos nas eleições de Campos dos Goytacazes, no norte fluminense. A prisão foi decidida na 100ª Zona Eleitoral de Campos.

No mesmo dia em que foi preso, Garotinho passou mal e foi internado no Hospital Municipal Souza Aguiar, no centro do Rio de Janeiro. No dia seguinte, ele foi encaminhado para o hospital penal do Complexo Penitenciário de Bangu.

No dia 19, a ministra do TSE Luciana Lóssio determinou sua transferência para um hospital privado, a pedido da defesa de Garotinho. Ao receber alta, na terça-feira, o ex-governador seguiu para prisão domiciliar. O político cumpriu a pena em seu apartamento no bairro do Flamengo, no Rio, onde havia sido preso.

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