Força-tarefa da Lava Jato vence prêmio anticorrupção da Transparência Internacional
A força-tarefa responsável pela Operação Lava Jato ganhou o prêmio anual anticorrupção da ONG (Organização Não Governamental) Transparência Internacional, divulgado neste sábado (3).
"Lidando com um dos maiores escândalos de corrupção do mundo, o caso da Petrobras, eles [procuradores e delegados da força-tarefa] investigaram, indiciaram e obtiveram sentenças pesadas contra alguns dos mais poderosos integrantes da elite política e econômica do Brasil", diz a ONG.
"Bilhões de dólares foram perdidos para a corrupção no Brasil, e os brasileiros já estão fartos da corrupção que está devastando seu país. A força-tarefa da Lava Jato está fazendo um grande trabalho em assegurar que os corruptos, não importa o quão poderosos sejam, sejam culpabilizados e a Justiça seja feita", disse Mercedes de Freitas, dirigente do Prêmio Anticorrupção da Transparência Internacional.
"Nós estamos contentes de premiar os promotores brasileiros por trás da força-tarefa da Lava Jato com o Prêmio Anticorrupção 2016 pelos seus incansáveis esforços para acabar com a corrupção endêmica no Brasil", acrescenta Mercedes.
A ONG também cita a campanha "Dez Medidas Contra a Corrupção", encampada pelos procuradores da Lava Jato, e critica as mudanças feitas no projeto de lei pela Câmara dos Deputados nesta semana. "A nova versão arrisca a independência de juízes e promotores."
Os procuradores da Lava Jato são o segundo prêmio anticorrupção entregue pela ONG ao Brasil. Em 2002, o empresário Luís Roberto Mesquita ganhou o prêmio Integridade oferecido pela organização. À época, a atuação do então presidente da Associação Guarulhense pela Defesa da Cidadania culminou no afastamento do prefeito de Guarulhos (SP). Em 1998, a Câmara Municipal da cidade da Grande São Paulo, decidiu, por 16 votos a 5, cassar o mandato do prefeito afastado Néfi Tales (PDT), acusado de irregularidades no repasse de verbas da prefeitura para a Câmara.
Neste ano, a Transparência Internacional recebeu mais de 580 inscrições para o Prêmio Anticorrupção. As indicações foram analisadas por um comitê composto de oito indivíduos de todo o mundo especialistas em movimentos anticorrupção.
Além da dirigente Mercedes de Freitas, o comitê é composto por Nada Abdelsater, Sion Assidon, Soumaya Belaid, Jecel Censoro, Virginie Coulloudon, Dr. Kumi Naidoo e Alex Soros.
O prêmio foi lançado no ano 2000 com o nome de Prêmio Integridade e foi renomeado este ano como Prêmio Anticorrupção. A última vencedora, segundo o site da Transparência INternacional, foi a advogada Thuli Madonsela, da África do Sul.
O prêmio à força-tarefa da Lava Jato será entregue enste sábado durante a 17ª Conferência Internacional Anticorrupção na Cidade do Panamá.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.