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Temer tem maior reprovação no Nordeste e Sul aprova mais governo; diz Ibope

Temer foi ao Nordeste pela primeira vez na semana passada, em Pernambuco - Divulgação
Temer foi ao Nordeste pela primeira vez na semana passada, em Pernambuco Imagem: Divulgação

Felipe Amorim

Do UOL, em Brasília

16/12/2016 11h15Atualizada em 16/12/2016 12h07

Pesquisa Ibope encomendada pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) e divulgada nesta sexta-feira (16) aponta que o governo do presidente Michel Temer (PMDB) tem maior percentual de rejeição nos Estados da região Nordeste do país, onde atinge 57% de respostas ruim ou péssimo para a pergunta sobre a avaliação do governo.

A média no país para a avaliação ruim/péssimo do governo foi de 46%, um crescimento acima da margem de erro de dois pontos percentuais em relação à última pesquisa, divulgada em outubro, quando o governo atingiu reprovação de 39%.

No Nordeste, apenas 9% consideram o governo ótimo ou bom, ante 13% da média nacional.

A região Sul é onde a aprovação ao governo alcançou o melhor índice: 20% consideram o governo ótimo ou bom.

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A reprovação ao governo, com avaliações ruim ou péssimo, ficou em 46% na região Sudeste, 40% na região Sul e 39% nas regiões Norte e Centro-Oeste (a pesquisa unifica as estatísticas das duas regiões).

Os índices de aprovação do governo nas outras regiões são de 12% de ótimo/bom na região Sudeste e de 13% nas regiões Norte e Centro-Oeste.

Temer só fez até o momento uma viagem ao Nordeste, já realizada mais de 100 dias após ele ser efetivado no cargo. O presidente visitou obras da transposição do rio São Francisco.

O presidente já visitou Estados da região Sul ao menos duas vezes. Em junho, quando ainda ocupava o cargo interinamente, Temer participou da inauguração de uma fábrica no interior do Paraná e, este mês, foi à Santa Catarina para o velório das vítimas do acidente aéreo com o time da Chapecoense.

O gerente executivo de pesquisa e competitividade do CNI, Renato da Fonseca, diz que a baixa popularidade de Temer na região pode ser em parte explicada pelos índices de aprovação dos governos do PT na região, o que pode levar a um consequente descontentamento com o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.