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No último dia, prefeito de BH aumenta salários do primeiro escalão do governo

Nelson A. Ishikawa/iStock
Imagem: Nelson A. Ishikawa/iStock

Carlos Eduardo Cherem

Colaboração para o UOL, em Belo Horizonte

31/12/2016 11h53

Em um dos últimos atos à frente da Prefeitura de Belo Horizonte, o prefeito Marcio Lacerda (PSB) aumentou os salários do primeiro escalão da administração municipal da capital mineira em 25,86%.

Além do reajuste, Lacerda determinou que os aumentos salariais para o primeiro escalão, que eram feitos ao fim de cada legislatura, portanto a cada quatro anos, serão feitos agora anualmente, de acordo com os índices inflacionários.

Pelo dispositivo, a remuneração do prefeito pula de R$ 24.721 para R$ 31.113. Do vice-prefeito e secretários, de R$ 16.563 para R$ 20.846. Dos adjuntos e consultores técnicos especializados, de R$ 13.596 para R$ 17.112. E, finalmente, do assessor especial, de R$ 11.557 para R$ 14.545.

De acordo com a prefeitura, o impacto financeiro desses aumentos para os cofres públicos será de R$ 29,265 milhões em 2017. Serão beneficiados pelos aumentos 501 pessoas, entre funcionários na ativa e aposentados.

De acordo com o decreto publicado na edição deste sábado (31) do Diário Oficial do Município, os subsídios do prefeito, vice-prefeito, secretários municipais (e cargos correlato, a exemplo de executivos de empresas municipais), secretários municipais adjuntos (e também correlatos), assessores especiais e consultores técnicos especializados estavam defasados desde 2012.

Outros cerca de 60 mil funcionários, ativos e inativos, da Prefeitura de Belo Horizonte, tiveram reajuste de 5% (2,5% em janeiro e os outros 2,5% em dezembro).

Salário dos vereadores

O decreto ainda manteve o reajuste salarial dos 41 vereadores da capital em 9,82%, mantendo o percentual aprovado pelos parlamentares no início de dezembro. Com isso, os subsídios mensais dos vereadores passam de R$ 15.066 para R$ 16.545.

Embora com um percentual menor de reajuste, pelo decreto, os vereadores de Belo Horizonte receberão dois salários em dezembro de 2016, pelo fim da legislatura, e outros dois salários em janeiro de 2017, pelo início da legislatura. No decreto, esse salário extra é classificado como "ajuda de custo".

Procurada pela reportagem do UOL neste sábado (31), a assessoria do prefeito disse que não iria comentar o decreto.