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Cabral passa mal e é levado para atendimento em UPA no Complexo de Bangu

Acompanhado de agentes da PF, Sérgio Cabral faz exames no IML de Curitiba em dezembro de 2016 - Rodrigo Félix/Agência de Notícias Gazeta do Povo/Estadão Conteúdo
Acompanhado de agentes da PF, Sérgio Cabral faz exames no IML de Curitiba em dezembro de 2016 Imagem: Rodrigo Félix/Agência de Notícias Gazeta do Povo/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

14/02/2017 11h00Atualizada em 14/02/2017 12h42

O ex-governador Sergio Cabral (PMDB-RJ) precisou de atendimento médico nessa segunda-feira (13) em uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu (na zona oeste do Rio), onde ele está preso.

De acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária do Rio, o ex-governador passou por um primeiro atendimento no ambulatório da Cadeia Pública Pedrolino Werling de Oliveira antes de precisar ser encaminhado à UPA Dr. Hamilton Agostinho de Castro Vieira, no próprio complexo.

Conforme a Seap, Cabral foi submetido a exames antes de retornar à unidade prisional. Ainda segundo a pasta, que, indagada sobre quais exames foram feitos, não deu detalhes sobre os procedimentos, tampouco sobre os sintomas, o preso já “passa bem”.

A reportagem tentou contato com a defesa do ex-governador, mas o advogado Ary Bergher não atendeu os telefonemas.

O ex-governador foi acusado por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Tanto ele quanto o empresário Eike Batista --acusado pela força-tarefa da operação Lava Jato de ter pago US$ 16,5 milhões em propina ao esquema liderado por Cabral para ter benefícios em seus negócios-- estão presos no complexo penitenciário de Gericinó, em Bangu.

O ex-governador do Rio já é réu em três ações penais.

Transferência

O Ministério Público do Rio tenta barrar a transferência do ex-governador, preso há quase três meses em Bangu, para o antigo BEP (Batalhão Especial Prisional) de Benfica, na zona norte, onde está sendo construída uma ala para presos da Lava Jato.

O presídio está desativado desde 2015 e, segundo revelou o "Fantástico", da TV Globo, no domingo (12), vem sendo reformado para abrigar presos com curso superior, como o ex-governador.

Quando em funcionamento, o BEP abrigava policiais militares que aguardavam julgamento. A unidade foi fechada depois que uma juíza foi agredida a pauladas durante uma inspeção surpresa. Na ocasião, foram descobertas regalias que os presos tinham, como móveis, eletrodomésticos e celulares. Eles tinham acesso até a carne para churrasco e cerveja.

Ao "Fantástico", o secretário de Administração Penitenciária, coronel Erir Ribeiro, negou que Cabral vá obter privilégios no BEP. A promotora Valéria Videira, responsável pela fiscalização de penitenciárias, disse que o MP vai tentar impedir a transferência.

"A falta de fiscalização e a vulnerabilidade do local vão propiciar o ingresso de mordomias e vantagens que hoje não estão ocorrendo (em Bangu)", afirmou.

(Com Estadão Conteúdo)