Dilma critica entrevista de Temer a Ratinho por machismo e 'opiniões tacanhas'
A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) criticou em seu site pessoal a entrevista dada por seu antigo vice e sucessor após o impeachment, Michel Temer (PMDB), concedida ao apresentador Ratinho, no SBT. O material foi gravado durante a semana e veiculado na noite de sexta-feira (28).
Ela chamou o conteúdo de "primor de misoginia e patriarcalismo" e de "opiniões machistas ultrapassadas". "É estarrecedor que no século 21 um presidente, mesmo ilegítimo, tenha opiniões tão tacanhas, rebaixadas e subalternas sobre o papel da mulher na sociedade brasileira", escreveu.
Na entrevista, ele respondeu a uma analogia de Ratinho que usava o orçamento familiar para explicar a crise fiscal governamental: "Se o marido ganha R$ 5.000, uma dona de casa não pode gastar mais que cinco [mil], senão ela vai quebrar o marido. Por que o governo gasta mais do que arrecada sempre?". Temer respondeu: "Acho que os governos agora precisam passar a ter marido, viu, porque daí não vão quebrar."
Segundo ela, "a cegueira política e o imenso conservadorismo o impedem [Temer] de ver a importância das lutas e a realidade das conquistas que as mulheres brasileiras obtiveram ao longo das últimas décadas".
Ela finalizou o conteúdo chamando por eleições diretas já.
Na gravação, Temer também falou das reformas trabalhista e previdenciária e fugiu de comentar o fim do imposto sindical. "Não entrei nessa história, quando remetemos o projeto de reforma, não tocamos no assunto. Isso foi acordado entre patrões e empregados. Não cogitamos imposto sindical, mas lá no Congresso pediram a eliminação, que será debatida."
Para o presidente, "o povo quer política de resultados". "Se o teto dos gastos der certo com a reforma da Previdência, e o emprego voltar, isso é resultado", avaliou. Para ele, "o emprego volta quando completarmos as reformas da Previdência e trabalhista".
"Quero ser conhecido como o presidente que melhorou as condições econômicas, que fez as grandes reformas, que permitiu que os próximos governos não encontrem o país como encontramos."
Também negou ser candidato à reeleição. "Não sou candidato em 2018. Sou candidato a completar um bom governo", disse.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.