Defensor da monarquia é agredido e expulso de ato do Dia do Trabalho no Rio
Uma briga entre manifestantes provocou correria durante o ato do Dia do Trabalho, nesta segunda-feira (1º), na praça da Cinelândia, centro do Rio de Janeiro.
Defensor da monarquia, o médico Rodrigo Dias, 35, foi agredido a socos e pontapés por um grupo de pessoas mais exaltadas. Ele estava com uma bandeira imperial e chegou a discutir com o público antes de ser hostilizado.
Ao UOL, o médico relatou não saber precisamente como a confusão começou. Segundo testemunhas, por conta das cores da bandeira, ele pode ter sido confundido com um integrante do MBL (Movimento Brasil Livre). "Teve um momento em que eu levantei a bandeira e o rapaz já começou a me agredir. Não sei exatamente o motivo, mas eles disseram que eu tinha que sair. Eu disse que não ia sair", contou. "A bandeira do império não tem nada a ver com a bandeira do MBL."
Não houve intervenção policial durante a confusão. Rodrigo foi retirado do local e escoltado por outros manifestantes que presenciavam a cena. Ele teve que se refugiar no saguão de um hotel na rua Senador Dantas, próximo à Cinelândia, para escapar das agressões. O médico teve a blusa rasgada e ficou com alguns arranhões pelo corpo. Durante a fuga, uma garrafa de cerveja foi lançada em direção à Rodrigo e por pouco não o atingiu.
O ato em comemoração ao Dia do Trabalho e também contra as reformas defendidas pelo governo federal começou no Rio por volta das 11h. Vários representantes de sindicatos e entidades de classe ocupam a praça da Cinelândia, além de movimentos sociais e políticos de esquerda. Com exceção da briga entre esses manifestantes, não houve outros casos de tumulto.
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