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Manifestantes cercam prédio de Rodrigo Maia, tocam interfone e fazem feijão em ato no Rio

Hanrrikson de Andrade

Do UOL, no Rio

21/05/2017 17h40

Manifestantes caminharam neste domingo (21) até o prédio onde mora a família do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), em São Conrado, na zona sul do Rio de Janeiro. Durante o ato, o grupo chegou a tocar o interfone na tentativa de localizar o parlamentar em seu apartamento, mas não houve resposta. A Polícia Militar acompanhou a movimentação à distância.

Os manifestantes se concentraram durante a tarde na saída da estação do metrô de São Conrado. A passeata chegou a tomar toda a pista da praia, durante o trajeto até o prédio de Maia, mas se limitou à calçada na chegada ao imóvel. Cerca de cem pessoas participaram da mobilização.

Feijão é preparado em frente ao prédio de Rodrigo Maia, no Rio de Janeiro - Hanrrikson de Andrade/UOL - Hanrrikson de Andrade/UOL
Feijão é preparado em frente ao prédio de Rodrigo Maia, no Rio de Janeiro
Imagem: Hanrrikson de Andrade/UOL

Maia é o responsável por aceitar e dar seguimento a um dos processos dos processos de impeachment contra o presidente Michel Temer, que teve abertura de inquérito autorizada pelo STF (Supremo Tribunal Federal) após as delações de executivos da JBS.

Na reta final do protesto, algumas pessoas fizeram um bandejão em frente ao prédio de Maia. Um grupo trouxe uma panela de pressão com feijão e distribuiu o alimento aos demais.

Vidro adesivado do prédio de Rodrigo Maia, em São Conrado (Rio) - Hanrrikson de Andrade/UOL - Hanrrikson de Andrade/UOL
Vidro do prédio do presidente da Câmara
Imagem: Hanrrikson de Andrade/UOL

Durante o bandejão improvisado, os manifestantes também adesivaram a entrada do prédio onde reside a família Maia, em alusão ao mesmo gesto que já havia sido feito na casa de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), quando houve uma manifestação contrária ao então presidente da Câmara. Posteriormente, Cunha seria cassado e preso por denúncias de corrupção no âmbito.

De acordo com os organizadores do ato, a atitude foi simbólica, já que, nos últimos dias, jornais noticiaram que a cúpula do PMDB, partido do presidente Michel Temer, havia se reunido em uma feijoada, em Brasília, no sábado (20), para debater a crise política.

A reportagem tentou abordar o porteiro do condomínio e os seguranças do prédio de Maia, mas eles não quiseram dar entrevistas.