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Vamos conduzir o governo até 31 de dezembro de 2018, diz Temer

Luciana Amaral

Do UOL, em Brasília

07/06/2017 12h04Atualizada em 07/06/2017 12h38

No mesmo momento em que o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) julgava a ação que pode cassar seu mandato, o presidente da República, Michel Temer (PMDB), afirmou no fim da manhã desta quarta-feira (7) que vai concluir seu mandato, previsto para acabar no ano que vem.

"É com esse vigor e essa revitalização que vamos conduzir o governo até 31 de dezembro de 2018", disse Temer durante uma cerimônia no Palácio do Planalto para anunciar cerca de R$ 190 bilhões para o Plano Agrícola e Pecuário 2017/2018.

A chapa Dilma/Temer é acusada pelo PSDB de ter utilizado recursos de propina oriunda do esquema investigado pela Operação Lava Jato durante a campanha presidencial. O MPE (Ministério Público Eleitoral) defende a cassação da chapa com a perda do mandato de Temer e a inelegibilidade da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).

Ao se referir ao plano anunciado para injetar crédito no agronegócio e depois ressaltar que sua gestão quer criar “condições” para um país melhor em todas as áreas, Temer falou que é preciso ser otimista com o Brasil.

“Quando vejo pela sua descrição o que está sendo feito no setor da agricultura e do agronegócio, será que temos o direito de ser pessimistas com o Brasil? Ou será que devemos ser otimistas? Não tenho dúvida de que o otimismo permeia essa solenidade”, afirmou.

O crédito rural é destinado a médios e grandes produtores que poderão contrair os empréstimos de 1º de julho deste ano até 30 de junho de 2018.

Segundo o presidente, o governo tem um “compromisso inequívoco” com a agropecuária brasileira e tem promovido ações para impulsionar o setor, como a participação do ministro da Agricultura, Blairo Maggi, em eventos internacionais e o estímulo ao crédito.

Em discurso, Temer ressaltou que a agricultura ajuda a gerar emprego e renda, além de desenvolvimento industrial. Na avaliação dele, a área é ainda um fator de segurança alimentar para o Brasil na medida em que a safra cresceu mais de 13% no primeiro semestre deste ano.

Mulher grita “Te amo, Temer” e é retirada

Momentos antes da cerimônia, uma mulher ainda não identificada gritou "te amo, Temer" e "eu não quero morrer sem te ver" em frente ao Planalto.

Ao não conseguir entrar imediatamente no Planalto, a mulher deitou no chão embaixo da rampa do prédio e continuou gritando que queria ver o presidente. Ela então foi acompanhada por seguranças da guarda presidencial e atendida por brigadistas da Presidência.

Depois, no entanto, ela conseguiu entrar no Planalto, mas em uma cadeira de rodas. Os brigadistas que atenderam a mulher, que de acordo com os presentes, deve ter aproximadamente 30 anos, a levaram para ser atendida reservadamente.

Segundo relatos, para tentar acalmar a mulher, os brigadistas falavam que a levariam para conhecer o peemedebista. Ela, porém, não acreditou e falava "estão mentindo!".

No momento da confusão, Temer estava em seu gabinete no terceiro andar do Planalto, junto a auxiliares, se preparando para a solenidade.