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Justiça Federal nega novo pedido de prisão preventiva do ex-ministro Geddel

O ex-ministro Geddel Vieira Lima em depoimento em audiência de custódia - Reprodução
O ex-ministro Geddel Vieira Lima em depoimento em audiência de custódia Imagem: Reprodução

Venceslau Borlina Filho

Do UOL, em São Paulo

13/07/2017 20h56Atualizada em 13/07/2017 21h27

O juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal do Distrito Federal, negou no final da tarde desta quinta-feira (13) o novo pedido de prisão preventiva do ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) feito mais cedo pelo MPF (Ministério Público Federal).

Em cinco páginas, o juiz explicou os motivos para a medida, entre elas a decisão do TRF (Tribunal Regional Federal) da 1ª Região desta quarta-feira (12), que concedeu prisão domiciliar imediata ao ex-ministro do governo do presidente Michel Temer.

A Procuradoria pleiteava a prisão alegando que surgiram novos elementos de prova de supostas tentativas de Geddel em embaraçar a investigação criminal e também da prática de exploração de prestígio.

De acordo com as denúncias, o peemedebista estaria tentando impedir o operador Lúcio Funaro de fechar acordo de delação premiada com o Ministério Público. Funaro atuava com o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que está preso.

Oliveira explicou na decisão que só aceitaria o pedido de prisão de Geddel se fossem revelados fatos de condutas ilícitas posteriores às diligências e investigações feitas, ou então que não fossem conhecidas pelo TRF.

Geddel está preso desde o último dia 3, quando foi detido pela Polícia Federal em sua residência, em Salvador. Ele aguarda o alvará de soltura na penitenciária da Papuda ainda nesta quinta.

Mais investigação

Apesar da decisão de negar a prisão, o juiz federal determinou que as informações apontadas pelo MPF no novo pedido de prisão fossem encaminhadas à Polícia Federal, para serem acrescentadas nas investigações.

Oliveira também decidiu que a corporação policial faça oitivas do caso com Geddel, os advogados e o operador Lúcio Funaro, a fim de descobrir se de fato o ex-ministro estava agindo para obstruir as investigações.

Tornozeleira

Ainda nesta quinta-feira, o TRF, por meio do desembargador Ney Bello, determinou que Geddel Vieira Lima possa cumprir prisão domiciliar sem tornozeleira eletrônica. O equipamento não está disponível no Distrito Federal. Conforme a decisão, a Polícia Federal na Bahia terá 48 horas para fazer a colocação da tornozeleira em Geddel.

Geddel Vieira Lima chora durante depoimento

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