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Em posse de Dodge, segurança barra procurador mais votado para o cargo

Dino foi o procurador mais votado na lista que levou à nomeação de Dodge - Fátima Meira/Futura Press/Estadão Conteúdo
Dino foi o procurador mais votado na lista que levou à nomeação de Dodge Imagem: Fátima Meira/Futura Press/Estadão Conteúdo

Do UOL, em Brasília

18/09/2017 11h15

Momentos antes do início da cerimônia de posse da nova procuradora-geral Raquel Dodge, seguranças do evento, realizado na PGR (Procuradoria-Geral da República) barraram, por alguns minutos, a entrada no auditório do subprocurador-geral Nicolao Dino.

Nicolao foi vice-procurador-geral eleitoral e vice-procurador-geral na gestão de Rodrigo Janot, que antecedeu Dodge na chefia da PGR.

Ele também foi o procurador mais votado na lista tríplice da categoria que levou à nomeação de Dodge, segunda colocada na eleição realizada entre procuradores de todo o país.

A indicação do primeiro da lista não é uma exigência legal, mas foi o praticado desde 2003 pelos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, ambos do PT.

Janot não compareceu à cerimônia. Por meio de sua assessoria ele informou à "Folha de S.Paulo" que não foi convidado. A assessoria de Dodge informou que o convite foi enviado por e-mail.

Um vídeo com o momento em que Dino foi barrado pelos seguranças foi publicado pelo jornal “O Globo”.

Segundo o jornal, a gafe durou poucos minutos. Nicolao tentou entrar pelo acesso destinado à imprensa quando foi barrado. Os seguranças pediam uma identificação especial. Ainda segundo “O Globo”, o acesso foi dado a Dino e às pessoas que o acompanhavam logo em seguida.

A posse

Dodge tomou posse no cargo nesta segunda-feira (18), em cerimônia com a presença do presidente Michel Temer (PMDB), os presidentes do Senado, Eunício Oliveira (PMDB), da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e do STF (Supremo Tribunal Federal), Cármen Lúcia.

Em seu discurso, Dodge afirmou que os brasileiros “não toleram” a corrupção e que é preciso “coragem” do Ministério Público.

“O país passa por um momento de depuração”, afirmou. “Os órgãos do sistema de administração de Justiça têm no respeito e harmonia entre as instituições a pedra angular que equilibra a relação necessária para se fazer justiça em cada caso concreto”, disse.

Dodge diz que brasileiro "não tolera corrupção"

UOL Notícias