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Aécio diz que decisão do Senado restabelece "princípios do Estado democrático"

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) - Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
O senador Aécio Neves (PSDB-MG) Imagem: Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

Do UOL, em São Paulo

17/10/2017 20h53Atualizada em 17/10/2017 21h49

Menos de uma hora depois de o plenário do Senado revogar a decisão da 1ª Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) que o afastou do mandato, o senador Aécio Neves (PMDB-MG) divulgou nota em que diz ter recebido o resultado da votação desta terça-feira (17) "com serenidade" e que "os princípios essenciais de um Estado democrático" foram restabelecidos.

"A decisão restabeleceu princípios essenciais de um Estado democrático, garantindo tanto a plenitude da representação popular, como o devido processo legal, assegurando ao senador a oportunidade de apresentar sua defesa e comprovar cabalmente na Justiça sua inocência em relação às falsas acusações das quais foi alvo", diz o comunicado, assinado pela assessoria de imprensa do tucano.

Por 44 votos a 26, os senadores decidiram barrar as medidas impostas pelo Supremo devido a investigações decorrentes da delação premiada de executivos da JBS, que também incluíam o recolhimento domiciliar noturno e a entrega do passaporte à Justiça.

Ao todo, 71 dos 81 senadores compareceram à sessão, que começou por volta das 17h e teve quase três horas de duração. Não houve abstenções. Faltaram à sessão 9 senadores, além do próprio Aécio.

Em carta a colegas, Aécio pede para voltar ao Senado

Pouco antes de o Senado decidir seu futuro na Casa, Aécio enviou uma carta aos 80 colegas pedindo votos para derrubar a decisão da 1ª Turma do STF.

Na mensagem, Aécio se diz indignado diante da "violência" a que foi "submetido" e aponta que as sanções foram decretadas antes que a denúncia oferecida contra ele pela PGR (Procuradoria-Geral da República) fosse analisada pelo Supremo e que ele pudesse "apresentar as provas" de sua defesa.

O que peço é única e exclusivamente aquilo a que tem direito qualquer cidadão e que não deve ser retirado de alguém pelo fato de ser detentor de mandato eletivo: a oportunidade de apresentar a minha defesa e provar a minha inocência, sem pré-julgamentos e sem sentença antecipada"

O tucano faz ainda um alerta aos colegas do Legislativo dizendo que "o que estará em jogo é se pode, de forma monocrática ou por maioria de votos de uma das turmas do Supremo, um parlamentar ser afastado de suas funções sem ser previamente julgado".

"Veja que essa é uma decisão que terá repercussão também nos Estados e municípios de todo o país", completou.

Entenda o caso

24 de março

18 de maio

1º de junho

30 de junho

26 de setembro

28 setembro

3 de outubro

  • Senadores preparam-se para votar o afastamento de Aécio. Um ofício fica pronto antes mesmo da votação, conforme documentos obtidos pelo UOL. No fim do dia, porém, o Senado desiste de votar aguardando uma solução pelo Supremo Tribunal Federal.

11 de outubro

17 de outubro

  • O Senado mantém mandato de Aécio Neves.

'Tem que ser um que a gente mata antes de delatar', diz Aécio sobre quem pegaria dinheiro da JBS

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