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Reeleição virou "desgraça" no Brasil, diz Marina Silva

Marina Silva em evento da Rede - Divulgação - 5.mai.2017
Marina Silva em evento da Rede Imagem: Divulgação - 5.mai.2017

Do UOL, em São Paulo

27/10/2017 16h31Atualizada em 27/10/2017 16h31

A ex-ministra e ex-senadora Marina Silva, pré-candidata da Rede à Presidência nas eleições de 2018, disse nesta sexta-feira (27) ser contra a reeleição, já que com ela políticos passaram a dedicar seus mandatos a continuar em seus cargos.

"A reeleição virou uma desgraça no país", afirmou Marina em entrevista à rádio Gaúcha, de Porto Alegre.

Segundo a ex-senadora, a reeleição leva a uma "política de curto prazo" em que políticos buscam "alongar o prazo deles".

Marina também defendeu a liberação das candidaturas avulsas, afirmando que elas dariam espaço a "bons quadros" existentes na sociedade e pressionariam os partidos a valorizar as "pessoas boas" de suas fileiras, que estariam "no banco de reservas". De acordo com a ex-ministra, a reforma política aprovada pelo Congresso no começo do mês deu mais poderes para caciques de partidos.

Ayres Britto e Joaquim Barbosa

Marina ainda respondeu perguntas sobre a eventual formação de uma chapa com Joaquim Barbosa ou Carlos Ayres Britto, ex-presidentes do STF (Supremo Tribunal Federal). Ela contou ter conversado com ambos "sobre o Brasil", mas não sobre filiação à Rede ou candidatura.

No entanto, Marina declarou que se Barbosa e Ayres Britto "quiserem dar uma contribuição à política", isso seria "altamente relevante".

Em junho, Barbosa chegou a admitir a possibilidade de se candidatar à Presidência, mas dias depois anunciou que não pretendia disputar o cargo.

Em pesquisa Datafolha divulgada no começo de outubro, Marina Silva aparece em terceiro lugar, oscilando entre 13% e 14% das intenções de voto, atrás do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ). Ela lidera em cenários de primeiro turno em que Lula não foi incluído.