Topo

Após dia de "tensões no PSDB", FHC declara voto em Tasso para comando do partido

Foto: Agência Brasil
Imagem: Foto: Agência Brasil

Daniela Garcia

Do UOL, em São Paulo

10/11/2017 17h43Atualizada em 10/11/2017 20h34

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso declarou nesta sexta-feira (10) apoio à candidatura do senador Tasso Jereissati (CE) à presidência do PSDB.

Presidente de honra do partido, FHC publicou um texto nas redes sociais defendendo a coesão entre os aliados, "diante do ocorrido ontem, e do acirramento que causou nas tensões do PSDB". A declaração ocorre um dia depois que o senador Aécio Neves (MG) destituiu Tasso da presidência interina do partido.

“Diante do ocorrido ontem, e do acirramento que causou nas tensões do PSDB, apelo ao bom senso e às responsabilidades nacionais dos líderes do partido para que busquem restabelecer a unidade", afirmou. Para o tucano, as "querelas internas" e "apego a posições, no partido ou no governo" não podem se sobrepor ao "clamor das ruas".

Se a crise interna persistir, FHC disse confiar que Tasso assuma a presidência do partido. "Se porventura tal convergência não se concretizar, o que porá em risco as chances do PSDB, já disse que apoiarei a candidatura do senador Tasso Jereissati à presidência do partido. Com isso, não faço ressalvas ao direito do governador de Goiás, Marconi Perillo, a quem respeito por sua fidelidade ao PSDB e pelo bom governo que faz, de ser eventualmente candidato."

Antes de declarar o voto em Tasso, o ex-presidente defendeu que o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, tenha "posição central" na sigla. "Acredito que o restabelecimento da coesão, com tolerância à variabilidade das opiniões internas, mas também com firmeza de propósitos, requer que o presidente designado do PSDB, Alberto Goldman, crie condições para que líderes experientes e respeitados, como o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, assumam posição central no partido".

Aliados de Alckmin já chegaram a sugerir que ele assuma o comando do PSDB. Argumentam que o governador é capaz de unir os tucanos, além de fortalecer o nome dele como candidato à Presidência da República. 

O ex-presidente também ressaltou que o PSDB continuará na defesa das reformas da Previdência e Trabalhista. "O apoio às reformas em curso no Congresso faz parte do que acreditamos e do que pregamos. Dentro ou fora do atual governo, este é um compromisso do PSDB."

FHC está nos Estados Unidos e não participará da convenção estadual de São Paulo que ocorre neste domingo (12), segundo a assessoria de imprensa. 

A destituição de Tasso da presidência interina aprofundou as divisões dentro do partido. Aécio é um dos líderes que defendem manter o apoio ao governo de Michel Temer (PMDB), enquanto Tasso está à frente dos aliados que querem a saída imediata dos quatro ministérios que ocupa o PSDB.

'Tem que ser um que a gente mata antes de delatar', diz Aécio sobre quem pegaria dinheiro da JBS

UOL Notícias