Diretor da PF encontra Cármen Lúcia e diz que investigações no STF precisam de reforço
O novo diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segovia, afirmou nesta sexta-feira (17) que as investigações que tramitam no STF (Supremo Tribunal Federal) precisam de reforço da corporação e uma alternativa estudada para fazer frente a essa demanda seria o remanejamento de delegados e agentes da PF para atuar em inquéritos no Supremo.
Segovia fez a afirmação ao deixar o STF, após breve reunião com a presidente do tribunal, ministra Cármen Lúcia.
“Eu diria que o Supremo Tribunal Federal, em razão do elevado número de investigações hoje que correm no Supremo, há uma necessidade no reforço na quantidade de delegados e investigadores, para concluir o mais rápido possível as investigações que hoje se encontram no Supremo Tribunal Federal”, disse o chefe da PF.
“Acredito que seja muito mais uma questão de gestão de pessoal. Devemos realocar talvez nosso efetivo, a força de trabalho, para investigações que hoje seriam mais importantes para a nação em detrimento de algumas outras investigações de menor complexidade e que talvez possam aguardar um pouco mais”, afirmou Segovia.
O STF é a instância responsável pelo julgamento de políticos que possuem foro privilegiado como deputados federais, senadores e ministros de Estado.
Apenas relacionados à Operação Lava Jato há 80 inquéritos e cinco ações penais em andamento no STF, todos sob a responsabilidade do ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo.
O novo chefe da PF tomou posse na última sexta-feira (10). A cerimônia de transmissão do cargo será realizada na próxima segunda-feira (20).
O motivo oficial da visita de Segovia ao Supremo foi a entrega do convite para a cerimônia à presidente Cármen Lúcia.
“Foi uma primeira conversa sobre os temas relacionados à Polícia Federal e às investigações junto ao Supremo Tribunal Federal, bem como para entregar o convite para minha posse que ocorrerá na próxima segunda-feira, às 10h30 da manhã”, disse o chefe da PF.
“O que a gente mais falou foi parceira. A Polícia Federal sempre foi uma grande parceira do Supremo Tribunal Federal ao longo dos anos. Um ponto comum de conversa foi que esse trabalho em conjunto frutificará especialmente com a participação do Ministério Público Federal. E quem ganhará com isso é a sociedade”, disse Segovia.
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