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Senador chama relatório que pede indiciamento de Janot de "farsa" e ameaça ir ao STF

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que faz oposição ao governo Temer - Jonas Pereira - 30.ago.2016 /Agência Senado
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que faz oposição ao governo Temer Imagem: Jonas Pereira - 30.ago.2016 /Agência Senado

Luciana Amaral

Do UOL, em Brasília

12/12/2017 12h59Atualizada em 12/12/2017 15h26

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) chamou nesta terça-feira (12) de “farsa” o relatório final apresentado na CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) da JBS pelo deputado federal e futuro ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun (PMDB-MS).

O parecer, que ainda será votado pelos membros do colegiado, pede o indiciamento do ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e de seu ex-chefe de gabinete, Eduardo Pelella, com base na Lei de Segurança Nacional, sob as acusações de “subversão à ordem política”. O indiciamento que pode resultar na subsequente prisão. 

Randolfe afirmou que vai recorrer ao STF (Supremo Tribunal Federal) alegando constrangimento ilegal caso o atual relatório final seja aprovado pelos membros da comissão. A votação está prevista para esta quarta pela manhã. “Quem ficou nessa CPMI legitimou essa farsa que está sendo apresentada hoje. Antecipo que se essa CPMI tiver a ousadia de indiciar o senhor Rodrigo Janot e o senhor Eduardo Pelella, eu irei ao Supremo Tribunal Federal para anular essa tentativa de constrangimento ilegal. Junto com isso, antecipo que representarei na Procuradoria-Geral da República contra o senhor Carlos Marun e contra os membros dessa CPMI pelo mesmo constrangimento ilegal”, declarou.

Um pedido de vista adiou a votação do parecer nesta terça-feira.

Na avaliação de Randolfe, em vídeo gravado nesta terça, o colegiado foi criado para “intimidar” o Ministério Público e o relatório foi “preparado pelo Marun no terceiro andar do Palácio do Planalto”. É no local que se situa o gabinete do presidente da República, Michel Temer (PMDB), um andar abaixo de onde Marun passará a despachar como ministro da Secretaria de Governo a partir de quinta, data marcada para sua posse.