Ciro Gomes diz que virou "a bola da vez" da "turma fascista" após prisão de Lula

O pré-candidato à Presidência pelo PDT, Ciro Gomes, afirmou nesta quinta-feira (12) que “é a bola da vez” ao se referir a acusações de que teria agredido um militante ligado à direita na última segunda-feira. Durante o Fórum da Liberdade, em Porto Alegre, ao ser provocado, o presidenciável se desentendeu com o blogueiro Arthur do Val, 31, conhecido como Mamãe Falei, ligado ao MBL (Movimento Brasil Livre).

“Não aconteceu de jeito nenhum”, disse o pedetista, sobre a agressão, em entrevista ao jornalista José Luiz Datena, na Rádio Bandeirantes. “Eu felizmente tenho essa característica de traduzir minha agressividade e indignação com palavras, às vezes, mal compreendidas. Mas agir fisicamente é o argumento de  quem não tem palavras, nem razão”, afirmou.

De acordo com o pedetista, em 60 anos de idade, o último episódio de “violência pessoal” em que teria se envolvido foi “quando eu estava ainda na escola primária”. “Agora, virei a bola da vez. Dessa turma fascista, animada com [a candidatura presidencial do deputado federal Jair] Bolsonaro [PSL]. Acham que, com o [ex-presidente Luiz Inácio] Lula [da Silva, do PT] fora do jogo [eleitoral], o cara sou eu”, afirmou. Ele sugeriu ainda que os manifestantes foram contratados para criticá-lo. “Estão escalando os caras por dinheiro nos ambientes onde eu estou.”

Segundo o pedetista, nesta quarta (11), em decisão do partido, ficou definido que ele terá um esquema de proteção adicional, já que, conforme afirmou, viaja “em avião de carreira” acompanhado apenas de um assessor de imprensa.

“Sou muito acarinhado e respeitado por onde ando, mas vou ter que me precaver – minha responsabilidade cresceu tanto que, ontem, uma turma de militantes foi designada para me proteger dessas provocações que vão acontecer”, disse.