'A democracia é o único caminho legítimo', diz Cármen Lúcia
A presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministra Cármen Lúcia, afirmou nesta quarta-feira (29) que o tribunal atua preocupado com o "grave momento político, econômico e social" do país e que a democracia é o "único caminho legítimo".
A afirmação foi feita em breve discurso antes do início da sessão de julgamentos, no momento em que a greve dos caminhoneiros perde fôlego, em seu 10º dia de manifestações.
Muitos dos protestos nas estradas foram acompanhados de pedidos por "intervenção militar", embora essa não fosse uma reivindicação diretamente ligada ao movimento dos transportadores.
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Sem citar os caminhoneiros de forma direta nem os militares, a presidente do STF afirmou hoje que o Brasil não tem saudade "senão do que foi bom" e que "regimes sem direito" estão no passado.
"Não poderia deixar de acentuar que esta sessão e a atuação deste Supremo Tribunal Federal, no exercício de sua competência para julgar, é cumprida hoje com profunda preocupação, atenção e responsabilidade com o grave momento político, econômico e social experimentado pelos cidadãos brasileiros", disse a ministra.
"Também na democracia se vivem crises. Mas dificuldades se resolvem com a aliança dos cidadãos e a racionalidade, objetividade, trabalho de todas as instituições, de todos os Poderes. A democracia não está em questão", continuou Cármen Lúcia.
"Não temos saudade senão do que foi bom na vida pessoal e em especial histórico de nossa pátria. Regimes sem direito são passados de que não se pode esquecer, nem de que se queira lembrar", afirmou a presidente do STF.
"Não há escolha de caminho. A democracia é o único caminho legítimo", disse.
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