Pezão nega favorecimento a deputado preso na operação Cadeia Velha
Em um depoimento de cerca de quatro minutos, o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (MDB), negou que o colega de partido e deputado estadual Paulo Melo (MDB) tenha sido favorecido pelo governo estadual. O depoimento do governador foi prestado ao Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) nesta segunda-feira (4).
Em respostas monossilábicas, o governador negou que tenha conhecimento de um suposto favorecimento de Paulo Melo no setor de transportes ou de fatos que desabonem a conduta de Melo.
Pezão foi arrolado como testemunha de defesa de Melo em audiência dos três parlamentares emedebistas --ele, Jorge Picciani e Edson Albertassi-- presos na Operação Cadeia Velha, em novembro do ano passado. O governador saiu sem falar com a imprensa.
"[Paulo Melo] é uma pessoa competente. Uma pessoa que só tem o ensino primário e impactava muito, principalmente para mim que vim do interior, como ele dominava toda a parte legislativa da Assembleia Legislativa. A competência dele de conhecer todo o regimento da Câmara [sic]. Essa ação parlamentar dele impressionava muito", declarou o governador, no único momento em que discorreu uma resposta a pedido da defesa de Melo.
As defesas de Picciani, presidente licenciado da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio), e de Albertassi dispensaram perguntas ao governador na audiência.
Mais cedo, também na condição de testemunhas de defesa, depuseram os deputados estaduais Luiz Paulo (PSDB) e André Ceciliano (PT), presidente em exercício da Alerj.
A audiência e as oitivas do TRF-2 estão sendo conduzidas pelo desembargador federal Abel Gomes. O tribunal é responsável pelo julgamento dos parlamentares emedebistas porque o trio têm foro privilegiado.
Outros três parlamentares deverão ser ouvidos amanhã: Comte Bittencourt (PPS), Paulo Ramos (PDT) e Zaqueu Teixeira (PDT).
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