Preso em quartel, Azeredo pede para fazer curso à distância e trabalho interno
O ex-governador de Minas Gerais Eduardo Azeredo (PSDB), preso desde 23 de maio em um quartel do Corpo de Bombeiros, na zona sul de Belo Horizonte, pediu à Justiça para realizar trabalho interno, ter remição da pena com a leitura de livros e autorização para fazer cursos à distância. O tucano ainda solicitou o recebimento de alimentação especial.
Os pedidos feitos pela defesa de Azeredo foram respondidos pelo juiz responsável pela Vara de Execuções Criminais de Belo Horizonte, Carlos Rezende e Santos. Em seu despacho, nesta terça-feira (12), o magistrado disse que a definição sobre o trabalho interno e os cursos à distância devem ser feitos à Secretaria de Administração Prisional do Estado.
“Questões relativas ao trabalho interno são autorizadas pelo Comandante do Batalhão, mediante os critérios de conveniência e oportunidade, enquanto que os demais assuntos são deliberados pela Sub Secretaria de Atendimento ao Preso (órgão da Secretaria de Administração Prisional de Minas Gerais)”, disse o magistrado.
No despacho, o juiz ainda afirmou que, no caso de recebimento de alimentação especial, o fornecimento é de responsabilidade do Estado.
“Em caso de recomendações especiais do alimento, a Secretaria de Administração Prisional deverá providenciar o que for necessário para o atendimento das necessidades nutricionais do sentenciado”, afirmou.
A Secretaria de Administração Prisional informou que os pedidos do ex-governador estão sendo avaliados de acordo com as aptidões e com a estrutura do local onde a pena é cumprida. Os resultados serão apresentados à Justiça. Ainda segundo a Secretaria, uma comissão técnica avalia quais atividades de trabalho e de estudo melhor se aplicam ao tucano.
O Corpo de Bombeiros informou que os pedidos do ex-governador serão respondidos e decididos pela Secretaria de Administração Prisional.
A reportagem do UOL não localizou a defesa de Azeredo para comentar o despacho do juiz da Vara de Execuções Penais, até o momento.
Azeredo foi condenado a 20 anos e um mês de prisão por sua participação no mensalão tucano, que teria desviado recursos para a sua campanha em 1998. Ele concorria à reeleição, mas acabou perdendo para o ex-presidente Itamar Franco (1930-2011). Azeredo nega envolvimento no esquema.
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