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Juiz nega pedido de filho de Lula para adiar depoimento em processo da Zelotes

Wilton Junior/Estadão Conteúdo Reprodução/UOL
Imagem: Wilton Junior/Estadão Conteúdo Reprodução/UOL

Ana Carla Bermúdez

Do UOL, em São Paulo

18/06/2018 21h34

O juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília, negou nesta segunda (18) um pedido da defesa de Luís Cláudio Lula da Silva, filho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), para que seu depoimento, marcado para o dia 29 de junho, fosse adiado.

Ao lado de Lula, Luís Cláudio é réu em um processo da Operação Zelotes que investiga se houve irregularidades na aquisição de 36 aeronaves suecas por US$ 5,4 bilhões em 2014, durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).

A defesa de Luís Cláudio alegou que ele não foi intimado pessoalmente sobre a data de seu interrogatório. O juiz, no entanto, afirmou que a data da audiência foi comunicada oficialmente aos seus advogados por meio de despacho. Oliveira disse ainda que a intimação pessoal não aconteceu porque o filho do ex-presidente não manteve seu endereço atualizado.

No despacho publicado nesta segunda, Oliveira acatou outro pedido, feito pelas defesas de Lula e Luís Cláudio, para que o Departamento de Cooperação Jurídica Internacional do Ministério da Justiça informe aos advogados o andamento dos pedidos para que testemunhas no exterior sejam ouvidas.

O depoimento de Lula nesta ação está marcado para esta quinta-feira (21), quando o ex-presidente será interrogado por videoconferência pelo juiz de Brasília. O depoimento está marcado para as 9h. A pedido de sua defesa, Lula não deixará a sede da PF (Polícia Federal) em Curitiba, onde está preso desde o dia 7 de abril, para prestar depoimento.

Esta será a segunda aparição pública de Lula após sua prisão. O petista foi arrolado como testemunha pela defesa de Sergio Cabral e depôs ao juiz Marcelo Bretas, também por videoconferência, no último dia 5.

Na ocasião, equipamentos da Justiça Federal do Paraná foram levados até o prédio da PF para viabilizar a videoconferência. Caso Lula se deslocasse até o prédio da Justiça Federal, como era previsto inicialmente, seria necessário mobilizar agentes policiais e organizar um esquema específico de segurança.

Também na quinta-feira, serão interrogados outros dois réus: o casal Mauro Machado e Cristina Mautoni, donos do escritório Marcondes e Mautoni Empreendimentos e Diplomacia Ltda (M&M). O interrogatório também será realizado por videoconferência, em São Paulo.