PTB coloca Ministério do Trabalho à disposição do governo
Felipe Amorim
Do UOL, em Brasília
05/07/2018 12h12Atualizada em 05/07/2018 19h53
O presidente do PTB, Roberto Jefferson, afirmou nesta quinta-feira (5) que o Ministério do Trabalho está “à disposição” do presidente Michel Temer (MDB).
O ministro da pasta, ligado ao PTB, foi afastado do cargo por ordem do STF (Supremo Tribunal Federal), numa investigação sobre irregularidades na pasta.
Em nota divulgada nesta quinta-feira, Jefferson também afirma que o partido apoia as investigações.
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“Pessoalmente, insisto: não participei de qualquer esquema espúrio no Ministério do Trabalho. E acrescento que minha colaboração restringiu-se a apoio político ao governo para que o PTB comandasse a pasta”, diz o presidente da legenda.
“Comunico ainda que a Executiva Nacional do PTB coloca o Ministério do Trabalho à disposição do governo Michel Temer”, afirma Jefferson na nota.
O Ministério do Trabalho é comandado pelo PTB desde o início do governo Michel Temer (MDB), em maio de 2016, após o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT).
A pasta foi comandada pelo deputado federal Ronaldo Nogueira (PTB-RS) de maio de 2016 a dezembro de 2017.
Em janeiro, Temer indicou como substituta de Nogueira a deputada federal Cristiane Brasil (PTB-RJ), filha de Roberto Jefferson, presidente do partido.
A posse de Cristiane, no entanto foi impedida por uma série de decisões judiciais, a última delas determinada pela presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministra Cármen Lúcia, em 22 de janeiro. As decisões judiciais que impediram a posse da deputada no ministério entenderam que como ela respondia a processo na Justiça do Trabalho, sua nomeação seria irregular por ir contra o princípio da moralidade na administração pública.
Um mês depois, em 23 de fevereiro, Temer publicou decreto anulando a nomeação de Cristiane para o cargo.
Desde que a posse de Cristiane Brasil foi impedida judicialmente, estava no comando da pasta, como ministro interino, o secretário-executivo da pasta Helton Yomura, também filiado ao PTB.
Em abril, Temer oficializou Yomura como ministro do Trabalho, cargo do qual ele foi afastado nesta quinta-feira por decisão do ministro Edson Fachin, do STF.