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Bolsonaro pode anunciar até quarta nomes para Itamaraty e Meio Ambiente

Gustavo Maia e Guilherme Mazieiro

Do UOL, em Brasília e São Paulo

13/11/2018 14h51Atualizada em 13/11/2018 16h47

O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), disse nesta terça-feira (13) que pode anunciar "até amanhã" os ministros das pastas de Meio Ambiente e Relações Exteriores. A declaração foi dada após sair de reunião com o presidente do TST (Tribunal Superior do Trabalho), ministro João Batista Brito Pereira, em Brasília. Mais cedo, via Twitter, o capitão da reserva anunciou o general da reserva Fernando Azevedo e Silva para o Ministério da Defesa

No encontro com o presidente do TST, Bolsonaro falou em deixar o "espírito aguerrido que acontece muito por ocasião das eleições".

Bolsonaro disse, em Brasília, que tem dois nomes previstos para o Meio Ambiente, mas que pode aparecer um terceiro.

"Nós estamos pegando alguém que realmente tenha vontade, iniciativa, para mudar muita coisa, ou alguma coisa, de modo que você destrave a questão ambiental", disse. O presidente eleito completou dizendo que “a questão de licenças ambientais tem atrapalhado muito o desenvolvimento do Brasil”. 

A pasta do Meio Ambiente passou por um impasse nas declarações de Bolsonaro, que chegou a comunicar que o órgão seria integrado ao Ministério da Agricultura. Após repercussão negativa, ele voltou atrás e decidiu manter ambos separados.

Já em relação ao Itamaraty, disse que a questão está "madura" e a escolha será de algum funcionário de carreira do órgão. Ao ser perguntado por um repórter se o escolhido seria mulher ou homem, Bolsonaro respondeu que tanto faz. “Pode ser gay também, você é voluntário?” brincou com o jornalista.

Além dos nomes das duas pastas, o presidente eleito já havia sinalizado que o deputado federal Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS) está cotado para o Ministério da Saúde.

Bolsonaro ainda disse que não tem um ministério definido para Gustavo Bebianno, seu braço direito e ex-presidente do PSL.

No TST, Bolsonaro prega pacificação

UOL Notícias

Visitas a tribunais

Antes de chegar ao TST, Bolsonaro fez uma rápida visita ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), onde se encontrou com a presidente da Corte, ministra Rosa Weber. O presidente eleito chegou e saiu do local sem falar com a imprensa, que se aglomerou na entrada da sala da Presidência do tribunal.

Segundo o TSE, Rosa Weber entregou a Bolsonaro um exemplar da Constituição impressa e editada pelo TSE. Após o encontro, o presidente eleito fez uma vista ao plenário da Corte, local onde ocorrerá a cerimônia de sua diplomação no próximo dia 10 de dezembro.

Já no encontro com o presidente do Tribunal Superior do Trabalho, aberto a jornalistas, Bolsonaro se disse “muito honrado” de ser recebido e acenou para cooperação com a Corte.

“Na verdade, juntos nós devemos administrar esse país. Sozinhos, nada conseguiremos. O Brasil enfrenta problemas seríssimos de emprego.
E o que nós pudermos, em conjunto, aperfeiçoar a legislação para que esse impasse seja resolvido, vossa excelência conte comigo. E eu tenho certeza que conto com vossa excelência também”, declarou.

“Quem primeiro deve dar o sinal de pacificação somos nós, para que evitemos problemas lá na frente com outros tribunais”, acrescentou Bolsonaro.

Na fala, ele também reconheceu a necessidade de “deixar de lado o espírito aguerrido que acontece muito por ocasião das eleições para somarmos forças juntos”.

General indicado é assessor de Toffoli

Na manhã desta terça-feira (13), Bolsonaro comunicou via Twitter o nome do general da reserva para ministro da Defesa. Fernando Azevedo e Silva é assessor do presidente do STF (Supremo Tribunal Federa) Dias Toffoli. 

"‘Eu fiz até uma brincadeira que ele [general Fernando] fez estágio com o Toffoli e voltou para nós. Não foi sugestão do ministro Toffoli, não foi. E eu ouço muito o general Heleno para bater o martelo sobre essas questões”, disse a jornalistas.

O ministro disse ter sido consultado por Bolsonaro sobre o funcionário.